O quadro se mostra tenebroso, já sabemos. Numa situação tão desfavorável, aumenta a responsabilidade do rubro-negro no apoio ao time. Toda a torcida do Flamengo sabe disso, mas em momentos críticos como o atual essa necessidade se sobrepõe a qualquer outra coisa. Está em jogo a nossa história, o orgulho da Imensa Nação, a essência de torcer pelo Mais Querido.
Há dois anos não podemos contar com uma Diretoria incompetente. O reflexo da incapacidade e da omissão de quem dirige se vê em campo. Se a qualidade técnica dos jogadores, a tática utilizada e os resultados deixam a desejar, a Magnética precisa carregá-los nas costas para superar as adversidades e terminar essa temporada com ligeiros arranhões.
Para o coração rubro-negro genuíno o clube está acima de interesses eleitoreiros e de preferências pessoais. Juntos somos um ente gigantesco e assustador, muito maior e mais forte do que as correntes negativas a puxarem para o outro lado. Quem conspira contra os nossos interesses tem data de validade, muitas vezes além do nosso desejo. Mas a nossa razão maior tremula no mastro da Gávea, se entranha na malha complexa do Manto Sagrado, ocupa um lugar nobre no coração dos quase quarenta milhões de torcedores.
A máxima "TUDO PELO FLAMENGO, NADA DO FLAMENGO", falará sempre mais alto do que o clamor egoísta dos oportunistas sanguessugas. A trajetória de um clube tão vitorioso não comporta insucessos extremos, nem sucumbirá ante os desmandos de uma trágica administração. Terá ressonância o pulsar dos corações dos torcedores de verdade, aqueles espalhados pelo Brasil e por toda a parte, dos igarapés ensolarados da Amazônia ao frio dos países nórdicos, onde houver um rubro-negro brasileiro ou não.
Você sozinho pode parecer impotente diante do declínio a lhe assombrar dia a dia. Por outro lado, somos milhões e estamos presentes em todos os lugares. Estimule cada apaixonado pelo Flamengo que você conheça. Temos vergonha sim, porque temos brio. Mais do que vergonha, amamos o preto e vermelho colorindo desde as nossas primeiras vestes, as primeiras vestes dos nossos filhos, as primeiras vestes dos nossos netos. Seremos nós e eles os responsáveis pelo resgate de nossas origens. Vamos empurrar o time a fazer até o que nem sabe. Deixemos as vaias para as urnas, do clube ou não.
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