sexta-feira, 24 de abril de 2015

Fla é destaque em análise financeira de jornal americano sobre futebol brasileiro

por Blog  meio de campo


O futebol brasileiro foi tema nesta quinta-feira do "The New York Times", maior jornal dos Estados Unidos. Mas não pela técnica que outrora encantava o mundo, e sim pelo caos financeiro que atravessam os clubes brasileiros. Nesse cenário, a administração do Flamengo foi apontada pela publicação norte-americana como exceção no país, sendo a única até o momento que anunciou seu balanço de 2014 comprovando que arrecadou o suficiente para pagar as dívidas e impostos devidos. "Os problemas dos clubes estão enraizados em anos de gestões temerárias", diz um trecho da reportagem.
Flamengo, The New York Times



Legenda: Flamengo é um dos poucos times brasileiros com motivo para comemorar. Deve ser o único capaz de pagar sua dívida e seus impostos.

O jornal destaca que a exportação de jogadores brasileiros está acontecendo cada vez mais cedo por questões de necessidade financeira, só que os destinos estão sendo para países fora dos holofotes do mundo. Além disso, citou que os clubes estão pegando empréstimos bancários com altas taxas de júros e que fizeram do governo seu maior credor, com bilhões de reais em impostos não pagos. A publicação também aborda a discussão sobre a Medida Provisória número 671, a MP do Futebol que trata das dívidas dos clubes.

A publicação traz ainda uma declaração de Eduardo Bandeira de Mello, presidente do Flamengo e favorável à MP do futebol. À reportagem, o dirigente alega que para chegar ao cenário positivo atual, passou os primeiros anos de seu mandato equacionando as dívidas: precisou cortar despesas e sofreu com as consequência no campo.

- Mandamos Vágner Love, nosso melhor jogador, para o exterior, e não fizemos grandes contratações por dois anos. Comprometeu o nosso desempenho.

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Com show de luz e jogo coletivo, Fla bate o São José e faz 1 a 0 nas quartas
Seis jogadores anotaram dez ou mais pontos na vitória rubro-negra por 85 a 62, num repaginado Tijuca Tênis Clube, no Rio de Janeiro; times volta à quadra no sábado
Por Marcello Pires
Rio de Janeiro



Os 20 dias parados não fizeram nenhum mal ao time do Flamengo. Muito pelo contrário. Serviram para recarregar a bateria do time rubro-negro. O repaginado ginásio do Tijuca Tênis Clube, na Zona Norte do Rio de Janeiro, contou com uma iluminação toda nova, parecida com a que é usada no Maracanã, e os torcedores presentes viram o atual bicampeão do NBB derrotar o São José por 85 a 62 (47 a 33), com seis jogadores anotando dez ou mais pontos, no início da noite desta quinta-feira. O time da Gávea começou com a mão direita a série melhor de cinco partidas válida pelas quartas de final da competição.



Repaginado, ginásio do Tijuca Tênis Clube ganhou iluminação vermelha e as cores do Flamengo (Foto: Marcello Pires)


Com um duplo-duplo (16 pontos e 13 rebotes), o ala-pivô Olivinha foi o principal destaque na vitória coletiva do time carioca. Benite, com 19, foi o cestinha do confronto. Marquinhos (11), Herrmann (10), Felício (10) e Laprovittola (10) também se destacaram. Pelo lado paulista, Jimmy Baxter foi o maior pontuador, com 15 pontos.
- Mais importante do que o time ter ido bem ofensivamente, foi que sofremos apenas 62 pontos. Os jogadores conseguiram executar no jogo aquilo treinamos durante a semana - disse José Neto, técnico do Flamengo, que viu sesu jogadores acertarem 11 bolas de 3 pontos no jogo.

Confira a programação das quartas de final!

As duas equipes voltam à quadra, novamente no ginásio do Tijuca, no próximo sábado, às 18h. As partidas três e quatro estão marcadas para São José, dias 28 e 30 de abril, no interior paulista. Caso necessário, o quinto e decisivo confronto será novamente no Rio de Janeiro, ainda sem data e horário confirmados.



Flamengo x São José playoffs NBB (Foto: Gilvan de Souza / Flamengo)
Jogadores do Flamengo comemoram vitória sobre o São José (Foto: Gilvan de Souza / Flamengo)

O JOGO




Benite foi o cestinha da partida, com 19 pontos anotados (Foto: Gilvan de Souza / Flamengo)

Um primeiro período eletrizante, com as duas equipes chutando acima dos 50% e dois personagens marcantes. Do lado rubro-negro, o ala Marquinhos. Com duas bolas de três em três tentadas e dez pontos anotados, o camisa 11 foi o principal responsável pela vitória parcial do Flamengo por 28 a 15. Do outro, o americano Jimmy Baxter. Além de anotar cinco pontos e dar muito trabalho para a defesa carioca, o principal pontuador do São José bateu boca com o técnico José Neto durante mais da metade do quarto.
Mesmo muito modificado - apenas Marquinhos não foi substituído dos titulares -, o Flamengo continuou sobrando no começo do segundo período. Com Gegê, Marcelinho, Herrmann e Cristiano Felício em quadra, o ritmo seguiu forte e a diferença que era de 13 subiu para 18. O São José ainda esboçou uma reação e diminuiu o prejuízo para 11, mas com boas atuações de Herrmann, Felício e Marcelinho, que juntos anotaram 16 dos 19 pontos do time carioca no quarto, o atual bicampeão do NBB foi para o intervalo vencendo por 14 de frente. O lance inusitado do período aconteceu quando Benite acabou derrubando um cinegrafista.


Até então zerado no jogo, o ala Laws acordou no terceiro quarto e anotou duas bolas de três seguidas. O azar do americano é que o Flamengo voltou ainda melhor. Principalmente Benite. Com cinco pontos do ala-armador, que ainda roubou uma bola que se transformou numa jogada de três pontos de Meyinsse, os donos da casa abriram 19 pontos a cinco minutos do fim do período. O time paulista até melhorou do meio para o fim do quarto, mas não impediu que o atual bicampeão fosse para os dez minutos finais vencendo por um confortável diferença de 16.


Se a tarefa do São José já era complicada, ficou ainda pior quando Benite anotou mais dois pontos e aumentou a vantagem para 19 a pouco mais de sete minutos para o fim. Quando Marcelinho acertou sua segunda bola de três a 4'40 do fim da partida e levou a diferença para 24 pontos, o técnico Luiz Zanon acusou o golpe, pediu tempo e resolveu descansar quase todo seu time titular. Com a vitória nas mãos, o Flamengo só teve o trabalho de administrar o resultado.

FICHA DA PARTIDA

Local: Tijuca Tênis Clube, Rio de Janeiro.
Fase: Jogo 1 - playoffs quartas de final.

Flamengo: Laprovittola (10), Benite (19), Marquinhos (11), Olivinha (16) e Meyinsse (3). Entraram: Herrmann (10), Marcelinho (6), Gegê (0), Felício (10) e Mingau (0). Técnico: José Neto.

São José: Valtinho (0), Laws (10), Baxter (15), Drudi (8) e Caio Torres (10). Entraram: Betinho (1), Dedé (8), Gustavo (6), Renan (2), João Pedro (2) Colimerio (0). Técnico: Luiz Augusto Zanon.

Árbitros: Cristiano Jesus Maranho (1), Fabiano Huber (2) e Maria Claudia Comodaro Moraes (3)

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Chegou o Kit Sócio Torcedor do Mais Querido do Mundo !!!




R$ 39,90


Por apenas R$39,90, você pode ter a nova camisa do Nação Rubro-Negra, uma revista especial e seu primeiro mês como sócio-torcedor. Como? É só comprar o Kit Sócio-Torcedor, à venda na banca de jornal mais próxima de você.

Após a compra do kit, basta acessar o site do Nação Rubro-Negra, fazer seu cadastro e usar no momento da adesão o código que vem no cartão que faz parte do kit, garantindo grátis a primeira mensalidade no programa em um plano semestral ou anual. Como sócio-torcedor, você passa a ter prioridade e facilidade na compra de ingressos, descontos em lojas oficiais do Flamengo e em muitos outros parceiros e, o mais importante, a fazer o Mais Querido mais forte. Em seu lançamento, o kit estará disponível em bancas espalhadas pelo Rio de Janeiro. Para quem não mora no Rio, é possível comprar o kit pela internet. Clique aqui para garantir o seu.



O produto foi desenvolvido em parceria com a editora Innovant, responsável por publicações como a revista Duas Rodas. Na revista você poderá ler matérias especiais sobre grandes momentos e personagens da torcida rubro-negra e uma entrevista com o presidente Eduardo Bandeira de Mello, que fala sobre a importância e o potencial do programa de sócio-torcedor. A nova camisa rubro-negra do programa, que faz parte do kit, lembra o Manto Sagrado usado nos anos 80 e é fabricada pela Braziline.

Com o kit, o Flamengo cria mais uma forma de adesão para o Nação Rubro-Negra, que é a grande forma de todo rubro-negro participar da construção do clube e do time que todos sonhamos e ainda ter muitas vantagens. Todo dinheiro do programa é investido no Departamento de Futebol e já foi responsável pelas contratações de Eduardo, Canteros, Éverton e Marcelo Cirino.

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Porque não levar a sério esses campeonatos estaduais de m... ? Eis mais um motivo...

Ferj é campeã de lucro e fatura mais do que Botafogo, Flamengo, Flu e Vasco
Resultados financeiros de Bota, Fluminense e Vasco não chegam à metade do arrecadado pela federação na Taça GB

HUGO PERRUSO E RODRIGO STAFFORD

Rio - Enquanto a Federação de Futebol do Rio (Ferj) vive em uma realidade alternativa e comemora uma média de público pífia, os números do Carioca de 2015 trazem de volta a triste realidade de um campeonato deficitário e que só dá alegrias a apenas um lado: a própria entidade, que lucrou mais do que os quatro grandes nas 15 rodadas, apenas com sua taxa de 10% por jogo.





Se somados, os resultados financeiros de Botafogo, Fluminense e Vasco não chegam à metade do arrecadado pela Ferj: R$ 682,9 mil contra R$ 1,54 milhão somente com a taxa de 10%. Pior: nem mesmo o Flamengo, com 11 jogos obtendo lucro no Carioca e presente nos três principais públicos do futebol brasileiro em 2015 (contra Vasco, Botafogo e Fluminense), conseguiu ter um saldo superior ao da entidade: R$ 1,12 milhão.

Vale ressaltar que a culpa não é apenas da federação. Os clubes têm altos gastos com produção de ingressos, antidoping - que é de responsabilidade dos grandes - e, principalmente, aluguel de estádio. Em um dos clássicos, Botafogo e Flamengo levaram, cada um, apenas R$ 505 mil, 23,75% da renda de mais de R$ 2 milhões. O Maracanã ficou com R$ 995 mil.

Ainda assim, a diferença de arrecadação em relação à Ferj é gritante. Campeão da Taça Guanabara, o Botafogo teve um saldo de apenas R$ 26.433,00 com os 15 jogos que disputou. Sorte que embolsou mais R$ 1 milhão de premiação pela conquista. Já o grande que mais teve prejuízos foi o Fluminense, com quatro partidas obtendo saldo, sendo três clássicos.

Um fator que pode ter contribuído à péssima presença de público para o Tricolor são os estádios onde jogou. Ao contrário dos outros três arquirrivais, o principal inimigo político da Ferj foi quem menos atuou nos grandes estádios da capital (Maracanã, Engenhão e São Januário): sete vezes, contra 11 do Vasco, por exemplo.




“Fica claro que os clubes que não são alinhados politicamente (com a Ferj) são tratados de forma desigual”, reclama o presidente do Fluminense, Peter Siemsen, que critica os altos gastos nas partidas do Carioca.

“Este ano tem sido pior pelo crescimento dos custos de operação dos estádios e a excessiva participação da Ferj na renda, bem como o alto custo do quadro móvel nos jogos”, completa o dirigente.

Mas não foram apenas os adversários políticos que se deram mal. Apoiadores ferrenhos da Ferj, os 12 pequenos também tiveram péssimo desempenho. Só um jogo entre eles gerou lucro, enquanto os outros 65 deram prejuízo ao mandante. Até a oitava rodada, quando era possível analisar os borderôs com todos os gastos (clique na foto abaixo e veja o infográfico), o saldo dos jogos dos pequenos era bem inferior ao da federação: R$ 75 mil contra R$ 804 mil da Ferj.



Maquiagem para mostrar lucro no borderô

Não faltaram ações para maquiar os resultados ruins dos jogos do Carioca. Desde o início, o presidente da Ferj, Rubens Lopes, e seus aliados argumentavam que o campeonato não é deficitário por causa das cotas de televisão, que passaram a ser incluídas nos borderôs. A prática fez com que as partidas ficassem no azul, mas em nenhum outro estado do país se utiliza de tal tática.

E não é a única. Como informou o DIA no dia 20 de março, a partir da nona rodada, a Ferj deixou de colocar nos borderôs dos pequenos três itens (cooperativa de árbitros, despesa operacional e delegado) que representam cerca de R$ 8 mil de despesas não divulgadas. Após a publicação, a porcentagem de INSS sobre esses gastos também deixou de ser computada, o que dificultou a reportagem a contabilizar o real prejuízo dos pequenos nos jogos.

Em outra tática, revelada pelo site ‘Globoesporte.com’, os pequenos são obrigados pelo artigo 11 do regulamento do Carioca a arcar com 25% da capacidade do estádio. Ou seja, em jogos com número de torcida inferior a esse piso, os próprios clubes devem comprar os ingressos. Assim, são vistos vários públicos redondos e com menos torcedores no estádio que o divulgado nos borderôs. Ninguém na federação foi encontrado para falar sobre o assunto

São por esses e outros motivos é crucial que a Nação continue e aumente a adesão para serem SÓCIOS TORCEDORES !!!


Temos que fazer o Flamengo INDEPENDENTE FINANCEIRAMENTE DESSA FEDERAÇÃO, EMISSORA (PILANTRA) DE TV E DE OUTROS F.D.Ps QUE ACHAM (NESSE MOMENTO COM RAZÃO) QUE O CLUBE É O TREM PAGADOR DESSA TURMA TODA !!!

SOMOS 36 MILHÕES DE TORCEDORES.SE 1% SE TORNAR SÓCIO TORCEDOR, O FLAMENGO SE TORNA INDEPENDENTE FINANCEIRAMENTE.



 VAMOS CONTINUAR EM ACEITAR TUDO ISSO PASSIVAMENTE ATÉ QUANDO ???

segunda-feira, 6 de abril de 2015

A.I. 5 ...




O Ato Institucional Nº 5, ou AI-5, foi o quinto de uma série de decretos emitidos pelo regime militar brasileiro nos anos seguintes ao Golpe Civil-Militar de 1964 no Brasil.1

O AI-5, sobrepondo-se à Constituição de 24 de janeiro de 1967, bem como às constituições estaduais, dava poderes extraordinários ao Presidente da República e suspendia várias garantias constitucionais.



Redigido em 13 de dezembro de 1968 pelo então Ministro da Justiça, Luís Antônio da Gama e Silva, o AI-5 entrou em vigor durante o governo do presidente Artur da Costa e Silva como represália ao discurso do deputado Márcio Moreira Alves na Câmara dos Deputados, em 2 de setembro de 1968. No discurso, o deputado propôs um boicote ao militarismo ("Quando não será o Exército um valhacouto de torturadores?"2 ) e solicitou ao povo brasileiro que ninguém participasse das comemorações do 7 de setembro.




Evidente que o decreto também vinha na esteira de ações e declarações pelas quais a classe política fortaleceu a chamada linha dura do regime militar. Ou seja: foi mais um pretexto para implementar medidas defendidas pelos militares desde julho de 1968.

Era o instrumento que faltava para que o regime, concentrado na figura do presidente, cassasse direitos políticos e interviesse nos municípios e estados. Sua primeira medida foi o fechamento do Congresso Nacional, até 21 de outubro de 1969.


Principais determinações do AI-5



Pelo artigo 2º do AI-5, o Presidente da República podia decretar o recesso do Congresso Nacional, das Assembleias Legislativas e das Câmaras de Vereadores, que só voltariam a funcionar quando o próprio Presidente convocasse essas organizações. Durante o recesso, o Poder Executivo federal, estadual ou municipal cumpriria as funções do Legislativo correspondente. No entanto, o Poder Judiciário também se subordinava ao Executivo, pois os atos praticados de acordo com o AI-5 e seus Atos Complementares estavam isentos de qualquer apreciação judicial (artigo 11º).




O Presidente da República podia decretar a intervenção nos estados e municípios, "sem as limitações previstas na Constituição" (artigo 3º).

Conforme o artigo 4°, o Presidente da República, ouvido o Conselho de Segurança Nacional, e "sem as limitações previstas na Constituição", podia suspender os direitos políticos de qualquer cidadão por 10 anos e cassar mandatos eletivos federais, estaduais e municipais.3 Pelo artigo 5°, a suspensão dos direitos políticos significava:

I - cessação de privilégio de foro por prerrogativa de função;

II - suspensão do direito de votar e ser votado nas eleições sindicais;

III - proibição de atividades ou manifestação sobre assuntos de natureza política;

IV - aplicação, pelo Ministério da Justiça, independentemente de apreciação pelo Poder Judiciário, das seguintes medidas:

a) liberdade vigiada;

b) proibição de frequentar determinados lugares;

c) domicílio determinado.



Entretanto, "outras restrições ou proibições ao exercício de quaisquer outros direitos públicos ou privados poderiam ser estabelecidas à discrição do Executivo".

O Presidente da República também poderia, segundo o artigo 8º, decretar o confisco de bens em decorrência de enriquecimento ilícito no exercício de cargo ou função pública, após devida investigação - com cláusula de restituição, caso seja provada a legitimidade da aquisição dos bens.4

O artigo 10º suspendia a garantia de habeas corpus nos casos de crimes políticos ou que afetassem a segurança nacional e a ordem econômica e/ou social.

Durante a vigência do AI-5, também recrudesceu a censura, que estendeu-se à imprensa, à música, ao teatro e ao cinema.



Pra quem acompanha esse "falido" campeonato estadual:

Não se enganem que não irão "aprontar" contra o Flamengo na fase final desse campeonatozinho sem sentido.

NÃO SE ENGANEM MESMO !!!!!  

domingo, 5 de abril de 2015

Bom Senso divulga nota apoiando Fla e Flu, e em defesa ao futebol do Rio...



Por GloboEsporte.com
Rio de Janeiro




O movimento Bom Senso FC divulgou no fim da tarde desta quinta-feira uma nota oficial "em defesa do futebol carioca e brasileiro". O comunicado apoia a dupla Fla-Flu, que vem travando uma batalha contra a Federação de Futebol do Rio de Janeiro, e ainda faz questionamentos ao presidente da entidade, Rubens Lopes, e ao mandatário do bacalhau, Eurico Miranda.

O Bom Senso abre o texto dizendo apoiar os dois clubes contra "as arbitrariedades cometidas" pela Ferj, que não seriam "condizentes com o papel que as federações deveriam cumprir". A entidade segue dizendo ser à favor da existência das federações e que elas têm grande importância para o desenvolvimento do futebol brasileiro, devendo atuar como uma ramificação da CBF, disseminando e aperfeiçoando uma metodologia "ainda inexistente" da Confederação Brasileira de Futebol.

O documento segue dizendo ser contra o calendário que prevê 19 datas aos estaduais, argumentando que esse período corresponde a 25% da temporada, e "gera apenas entre 6% e 15% da arrecadação dos grandes times".

Na sequência, o Bom Senso se vira para Rubens Lopes, presidente da Ferj, e Eurico Miranda, presidente do bacalhau. A entidade contraria o argumento de Rubinho, que alega que o fim do estadual causaria o desemprego de 3 mil famílias, dizendo que ao final dos estaduais, 15 mil famílias ficam desempregadas. E questiona os dirigentes: "O que eles têm a dizer sobre isso?"

A nota termina lembrando as péssimas médias de público dos campeonatos estaduais, inferiores a de países sem expressão no futebol, lembra a reivindicação por um calendário autossustentável, critica o peso de votos das federações na eleição para presidente da CBF e diz que as mesmas falharam nos objetivos de "melhorar a visibilidade e a competitividade do futebol".


Confira a íntegra da nota:

Diante dos episódios recentes do Campeonato Carioca que dominaram os debates do mundo do futebol, o Bom Senso F.C. manifesta sua solidariedade ao Clube de Regatas Flamengo e ao Fluminense Football Club. As arbitrariedades cometidas não são condizentes com o papel que as Federações deveriam cumprir.

Ao contrário do que alguns divulgam, o Bom Senso não é contrário a existência das Federações. Acreditamos que as Federações estaduais têm, teoricamente, um papel fundamental para o desenvolvimento do futebol brasileiro em suas dimensões educacionais e sociais. Para nós, elas deveriam ser a ramificação pela qual a CBF disseminaria e aperfeiçoaria sua metodologia, ainda inexistente, para o fomento e a democratização do esporte, para o desenvolvimento e capacitação dos profissionais da área técnica e de gestão de todo o futebol brasileiro.

Isso não quer dizer que sua participação na organização das competições de atletas profissionais seja preponderante. Está claro que não é por meio dessas competições que essas entidades cumprem sua função primordial, a social. Não concordamos com o modelo atual dos estaduais, com 19 datas. Esse período representa 25% do ano e gera apenas entre 6 e 15% da arrecadação dos grandes times.

Atualmente o Sr. Eurico Miranda e o Sr. Rubem Lopes, críticos circunstanciais, dizem que o fim dos estaduais representa o desemprego de 3 mil famílias. O Bom Senso afirma há 2 anos que a manutenção desse modelo de calendário resulta, ao final dos estaduais, o desemprego de 15 mil famílias por todo o Brasil. O que eles têm a dizer sobre isso?

Também não concordamos que as Federações tenham tanto poder, com a maioria dos votos no Colégio Eleitoral da CBF. Lutamos por mais democracia na eleição da Presidência da CBF - pedra filosofal para a oxigenação do futebol brasileiro e mola propulsora para que as decisões sejam mais técnicas e menos políticas. Defendemos que as entidades de administração desportiva, regionais ou nacionais, sejam mais democráticas e transparentes, com massiva participação dos clubes e dos atletas nos colegiados e conselhos técnicos.
Reivindicamos e propusemos uma fórmula de calendário que ofereça estabilidade de emprego a todos os profissionais do futebol e previsibilidade das datas dos jogos durante o ano todo, para que se permita aos clubes do interior conquistarem sua autossuficiência.

A média de público dos estaduais brasileiros é mais baixa que a de países como Vietnã, Uzbequistão e Israel. Os clubes e as novas arenas acumulam déficits, ao passo que a arrecadação das federações aumentou 25% de 2012 para 2013. Vemos ainda que 1/3 dos seus presidentes estão há mais de 20 anos no poder.

O objetivo de todas as entidades de administração do futebol brasileiro - além das dimensões sociais e educacionais – deve ser melhorar a visibilidade e competitividade do futebol que administram. Infelizmente, em todas esses aspectos as Federações estaduais fracassaram.

Bom Senso FC,
por um futebol melhor para todos.