quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Arthur Friedenreich ...

Fonte: http://futebolhistoria.blogspot.com/2007/10/o-primeiro-craque-brasileiro.html




Arthur Friedenreich,

Filho de um comerciante alemão e de uma lavadeira carioca e nascido em 18 de julho de 1892, no bairro da Luz, em São Paulo.Ainda criança começou a jogar futebol, que havia sido recentemente introduzido no país pelo já citado Charles Miller, em 1894, com garotos de sua rua com bolas de bexiga de boi. Ninguém imaginava que daqueles passos nos terreiros de terra batida surgiria o primeiro grande nome da história do futebol do Brasil.Fried, como era conhecido, começou sua carreira ainda jovem, aos 17 anos, no Germânia, da capital Paulista. Como o esporte ainda era amador, o jogador podia mudar de clube a cada ano sem ônus algum. E de 1909 a 1917, Friedenreich, literalmente, não “parou quieto” em um clube sequer por mais de um ano. Seguiram-se ao Germânia, ano após ano, Ypiranga, novamente Germânia, Mackenzie, outra vez Ypiranga (fato que se repetiria em 1914 e 1917), Americano, Paulista (não confundir com o de Jundiaí), Atlas, Paulistano e Flamengo/RJ.Depois do clube carioca, veio a definitiva consagração do atacante paulista, quando retornou ao Paulistano e por lá ficou por 12 anos, até 1929. Em sua larga temporada no time de São Paulo, Friedenreich sagrou-se 6 vezes campeão paulista e foi seu artilheiro em 5 ocasiões.Fried inovou o conceito de se jogar futebol, introduzindo em seu repertório de jogadas fabulosas dribles curtos, fintas de corpo e o chute com efeito. Seu faro de gol era apuradíssimo e sua velocidade era algo descomunal para a época. Aliava a tudo isso sua imensa criatividade, técnica e capacidade de improvisar. Por conta de todas essas habilidades foi convocado para a Seleção Brasileira 26 vezes, onde marcou 12 vezes. Sua estréia com a camisa nacional se deu em 1914, ano também do surgimento da Seleção no cenário esportivo, num amistoso diante de um combinado paulista. O placar foi 7 a 0 para o Brasil com dois gols de Friedenreich.Seu sucesso com o selecionado brasileiro não tardou. Em 1914 faturou a Copa Rocca, torneio que envolvia os vizinhos Brasil e Argentina. Mais tarde, conquistava também o bi-campeonato Sul-americano, em 1919 e 1922. No primeiro, foi o autor do gol do título contra os uruguaios na prorrogação. Por suas atuações no torneio ganhou o apelido de El Tigre. Atuou pelo escrete brasileiro até 1935 sem, entretanto, participar de uma Copa do Mundo. Uma atitude infeliz do então presidente da Liga Paulista, Elpídio de Paiva Azevedo, causou uma das maiores decepções de Friendenreich na carreira: ao saber que a comissão técnica da Seleção não teria nenhum paulista, o dirigente impediu a ida dos jogadores do estado para a Copa do Uruguai, em 1930. Assim, o jogador encerrou a carreira sem sentir o sabor de disputar um Mundial.Nos dias atuais, El Tigre é considerado um dos maiores centroavantes que o Brasil já teve. No ano de 1925 voltou da Europa sendo considerado pela crônica esportiva como um dos "melhores jogadores do mundo", quando o Paulistano, seu clube no período, venceu 9 dos 10 jogos disputados no continente em uma excursão. Um de seus grandes feitos ocorreu em 16 de setembro de 1928, quando marcou sete gols numa única partida contra o União da Lapa, batendo o recorde da época. O resultado final foi de 9 a 0 para o Paulistano – sem falar que o atacante ainda desperdiçou um pênalti.Após o tempo áureo no Paulistano, o já veterano Friedenreich ainda atuou pelo Internacional/SP (que não é o de Limeira), pelo Atlético Santista, Santos, São Paulo da Floresta (este sim precursor do atual São Paulo Futebol Clube), Dois de Julho/BA, mais uma vez São Paulo da Floresta, retornou ao Santos e encerrou a carreira no Flamengo/RJ, em 21 de julho de 1935, aos 43 anos de idade. Ainda pretendia seguir atuando, apesar da idade avançada para o esporte. Porém, Friedenreich não aceitava a profissionalização do futebol no país e decidiu por fim à sua gloriosa carreira.Outra característica marcante da personalidade de Fried era seu caráter questionador. Em 1932, quando ainda era atleta, engajou-se na Revolução Constitucionalista doando troféus, medalhas e prêmios em benefício da causa.Depois de abandonar os gramados, viveu quase esquecido na pobreza por muitos anos até morrer em 06 de setembro de 1969, em uma casa cedida pelo São Paulo Futebol Clube.Durante muito tempo atribuiu-se ao ex-centroavante a condição de maior goleador de toda a história do futebol. Segundo Mário de Andrada, ex-colega de clube de Fried, o jogador havia participado de 1329 partidas e chegado à impressionante marca de 1239 gols em sua carreira. A FIFA chegou a oficializar os números em seus arquivos, inclusive com repercussão mundial em enciclopédias e livros. Porém, o jornalista Alexandre da Costa conferiu os registros de todos os jogos de Friedenreich em dois jornais de grande circulação, "Correio Paulistano" e "O Estado de S. Paulo", e chegou a dois números surpreendentes: 554 gols em 561 partidas, o que não deixa de ser brilhante devido à alta média – 0,98 gols por jogo –, superior até mesmo à de Pelé (0,96 gols por partida).Sejam quais forem as marcas e as estatísticas, Arthur Friedenreich ficará para sempre marcado como o primeiro grande craque do futebol brasileiro. E isso nenhum dado terá poderes para mudar na história.

sábado, 26 de janeiro de 2008

Um marco da Ginástica Olímpica do Flamengo... Luiza Parente


Luísa Parente Ribeiro de Carvalho





Foi uma ginasta brasileira, quando a ginástica ainda era olímpica e não artística, como é conhecida, ela iniciou suas primeiras piruetas aos seis anos de idade na escolinha do Clube de Regatas do Flamengo e lá encerrou aos 22 anos a carreira de ginasta.
Foi campeã estadual, brasileira e sul-americana em todas as categorias (mirim, infantil, infanto, juvenil e adulto) e foi a primeira ginasta a participar de duas olimpíadas, Seul-88 e Barcelona-92. Ficou entre as 36 finalistas nas Olimpíadas sem o boicote. E é dona de duas medalhas de ouro nos Jogos Pan-americanos de 1991, resultados ainda não superados. Formada em Educação Física pela Universidade Gama Filho e em Direito pela Faculdade Cândido Mendes, desempenha funções em ambas as profissões.
Casada com o Jogador de Basquete Alexey, tem como fruto desta união um casal de filhos, Manuela e José Afonso. Tem um sonho, ver a ginástica ser praticada em todas as escolas do Brasil.
Atualmente Luisa é supervisora do Grupo Luisa Parente Imagynação que promove iniciação à ginástica nos centros conveniados, escolas e eventos. É também consultora esportiva e membro da Comissão Nacional de Atletas e da Comissão Nacional antidoping, do Ministério do Esporte. É também comentarista da TV Bandeirantes e colunista-colaboradora da Folha Gávea Leblon.



terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Goleiro Raul Plasmann



Raul


Raul Guilherme Plassmann


Posição: Goleiro

Camisa: 1

Origem: Antonino (PR)

Nascimento: 27/12/1944

Principais Equipes:São Paulo (65), Nacional (65), Cruzeiro (66 a 78) e Flamengo (78 a 83).

Principais Títulos:Mundial Interclubes (81), Taça Libertadores da América (76 e 81), Campeonato Brasileiro (80, 82 e 83), Taça Brasil (66), Campeonato Carioca (78, 79, 79 especial e 81) e Campeonato Mineiro (66, 67, 68, 69, 72, 73, 74, 75 e 77).

Outros Prêmios:Taça Minas Gerais (73) pelo Cruzeiro.


História


Raul Guilherme Plassmann foi um goleiro que marcou época no futebol brasileiro. Ele fez parte de dois dos maiores times da história do Brasil e do mundo: o Cruzeiro das décadas de 60 e 70 e o Flamengo dos anos 80. Pode se dizer que ele foi um predestinado, pois estava na hora certa no lugar certo e sempre foi um dos pontos de segurança das duas equipes.Raul começou no São Paulo sem grande destaque. Inclusive na sua estréia como Profissional, num clássico contra o Palmeiras, em 1965, o tricolor foi derrotado por 5 a 0. Mas o destino estava ao seu lado e logo o levaria para Belo Horizonte. O presidente do Cruzeiro, Felício Brand, estava à procura de um goleiro para a reserva de Tonho e conversou com o colega são-paulino Vicente Feola, que disse que tinha um garoto que poderia seguir no dia seguinte para a Raposa.O jovem guarda-metas chegou ao Barro Preto sem qualquer festa, apenas para compor o elenco. Com muita competência e uma ótima colocação, além de saber acionar um contra-ataque como poucos, ele foi ganhando espaço e não saiu mais do time celeste. Foram nove títulos mineiros em doze anos de clube. Mesmo com seu jeito calmo, Raul fazia sucesso com o público feminino e também entre os homens, que reconheciam a sua importância com defesas seguras em um time que contava com Tostão, Dirceu Lopes, Piazza e Nelinho. A sua principal conquista no Cruzeiro aconteceu em 1976, quando a equipe mineira levantou a Taça Libertadores da América, que, até então só tinha sido conquistada por uma equipe brasileira: o Santos de Pelé. Como acontece sempre na competição sul-americana foi uma campanha sofrida até a final contra o River Plate, da Argentina, em três partidas. Depois disso, aquela geração fantástica do Cruzeiro foi parando e o time sendo desmontado. Raul chegou a pensar em voltar para o Paraná e se aposentar, mas foi convencido pelo técnico Cláudio Coutinho a vir para o Flamengo em 1978 ser a voz da experiência em um time jovem formado por Zico, Júnior, Leandro e cia.Os títulos foram se sucedendo com o tricampeonato estadual logo de cara em 78 e 79. Não demorou muito para Raul se tornar ídolo da torcida rubro-negra. Mesmo não sendo um goleiro que dava espetáculo, era muito inteligente, disciplinado e eficiente. Com muito equilíbrio emocional, ele comandava a defesa e mostrava uma boa saída da área, característica que faltava à maioria dos goleiros da época.Jogando com extrema competência, Raul ainda garantiu mais três títulos brasileiros e venceu a sua segunda Taça Libertadores em 81 em outra final em três partidas contra o Cobreloa, do Chile. No Mundial Interclubes, o goleiro não foi vazado pelos ingleses do Liverpool e contando com o talento no ataque de Zico, Adílio e Nunes, juntou mais um troféu para a sua grande coleção.Raul também tinha a sinceridade como ponto forte, apontava falhas de sua equipe em entrevistas e dizem que, por falar demais, foi preterido na seleção brasileira de 82. Em certa oportunidade, ele admitiu: “prefiro treinar pouco e jogar muito”. Para Telê Santana, foi o suficiente para não convocá-lo para o time de estrelas do Brasil. Raul admitiu em sua despedida que não disputar uma Copa do Mundo foi a maior tristeza da sua carreira.Depois da aposentadoria nos gramados, Raul se destacou como comentarista esportivo tanto na TV Globo quanto no SporTV. Ele chegou a tentar a carreira de treinador. Em 2003, foi auxiliar de Marinho Peres no Juventude e, depois da saída do técnico, assumiu o cargo, mas deixou o clube gaúcho antes do fim da temporada. Em 2004, Raul trabalhou como dirigente e técnico no Londrina, mas acabou voltando a ser comentarista na Rede Record e na Rádio CBN/Curitiba. Em janeiro de 2005, o ex-goleiro aceitou o convite do prefeito eleito de Curitiba, Beto Richa, para ser secretário municipal de esportes.

Curiosidades

Raul acabou com o marasmo das camisas de goleiro, que até então variavam apenas entre pretas, cinzas ou brancas, mas foi por acaso. Num clássico entre Cruzeiro e Atlético, na década de 60, o árbitro cismou que sua camisa poderia ser confundida com a do Galo e Raul pegou um blusão de gola rolé do lateral Neco emprestado para espanto geral do Mineirão. Ele fechou o gol e começou a escrever seu nome na história do futebol.* O goleiro passou a adotar a camisa amarela e ressaltava sempre que ela tinha um poder hipnotizador sobre os atacantes, que chutavam sempre na direção em que ele estava posicionado.*Na época, as torcidas organizadas do Cruzeiro acrescentaram o amarelo ao azul e branco de suas bandeiras e isso é mantido até os dias de hoje.*No Flamengo, Raul tinha o apelido de “Velho”, pela idade e seu jeitão de falar com os companheiros.*Em sua despedida, em 20 de dezembro de 83, num amistoso entre o Flamengo e a Seleção dos Amigos do Raul, formada por vários craques da época, aos 38 anos, o goleiro vestiu a camisa amarela pela última vez. Ao sair de campo, Raul a tirou e devolveu ao mesmo Neco.*Ao encerrar a carreira, Raul se tornou comentarista esportivo, mas a sua paixão era contar histórias da época de jogador. Quando trabalhou no SporTV formava-se uma rodinha em volta do ex-jogador para ouvir os ‘causos’. O jornalista Renato Nogueira teve a idéia de publicar algumas delas no livro “Raul Plassman – Histórias de um Goleiro”, publicado pela editora DBA.


1º Mascote da torcida do Flamengo: Popeye...

Fonte: www.flaestatistica.com/mascotes.htm




O Popeye :

Criado nos anos 40 pelo cartunista argentino Mollas, representava a força e a valentia com que o clube revertia situações quase que impossíveis. O Popeye representava a força e a valentia com que o Flamengo conseguia reverter situações quase que impossíveis, além é claro da óbvia ligação com o mar, que ambos possuem.



O criador:

Lorenzo Molas

Nascido em 1916 em Lanús, na região metropolitana de Buenos Aires, Lorenzo Molas morou no Rio de Janeiro de 1943 a 1955, onde trabalhou no Jornal dos Sports. Nesse período, desenhou os mascotes dos principais clubes da cidade. Usou dois personagens dos quadrinhos para representar o Flamengo (Popeye, pela sua força) e a Estrela solitária (Pato Donald, teimoso e irriquieto como os torcedores alvi negros).

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

1º Episódio de esportes praticados no Flamengo: Bocha e Tenis

Fonte: Flapédia http://www.flamengo.com.br/flapedia/Bocha



Bocha

A Bocha, um dos esportes mais antigos do mundo, o jogo começou na Roma Antiga. No Brasil, a modalidade nasceu no Rio Grande do Sul e se estendeu ao Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. No Flamengo, o esporte foi introduzido em 1961, na gestão Fadel Fadel, quando foi inaugurada a seção de Bocha. A primeira competição brasileira destinada a modalidade ocorreu em São Paulo e a vitória foi dos gaúchos. Em 1965, quatro anos após a implantação do esporte na Gávea, o Clube se filiou à Federação Carioca de Bocha, o que ajudou a divulgação da modalidade e atraiu ilustres jogadores, como Ademar Toscano, Nilson Nogaroli, Nelson Nogaroli, Drasto Angeli, César Angeli e Américo Angeli. Esses praticantes fizeram tanto sucesso, que receberam justa homenagem na Calçada da Fama, situada dentro do Clube de Regatas do Flamengo. Em 1966, o Flamengo sagrou-se vice-campeão da Cidade e tricampeão do estado da Guanabara, nos anos de 1967, 1968 e 1969, e ainda ganhou a posse definitiva do Troféu Reynaldo Carneiro de Bastos. Uma honraria jamais vista igual dentro da modalidade. Passados alguns anos, em meados de 1988, Beda Campos, representando o Flamengo, foi campeão estadual de Bocha. As conquistas, até então adquiridas, não foram suficientes. Em 1995, o Flamengo foi novamente campeão estadual. A equipe feminina, com seu "jeitinho" todo especial, conquistou um grande número de vitórias. Na verdade, a Bocha no Flamengo se trata de uma grande família. As praticantes que obtiveram maior destaque no esporte foram, Adyr Thereza Angeli, Olívia Tavernasi, Nilda Nogaroli, Nilcea Nogaroli, Regina Ferreira, Antonieta Oliveira, Ilcair Nogaroli, Maria José Nogaroli, Bada Angeli, Marisa Amaral e Cecília dos Santos Dourado.

Títulos do Clube
Campeonato Carioca por Equipes de Bocha Sul-Americana (14 títulos) : 1970, 1971, 1973, 1975, 1976, 1979, 1983, 1985, 1987, 1991, 1993, 1995, 1996, 1998

Campeão da Taça Eficiência de 1996, 1998, 1999

Campeão Carioca Individual de Bocha Sul-Americana de 1997 e 1998

Campeão Carioca de Duplas de Bocha Sul-Americana de 1999

Campeão Carioca de Trios de Bocha Sul-Americana de 1998 e 1999

Campeão da Copa Tiradentes de 2002

Total de títulos: 23
_______________________________________




Tênis

O Tênis, foi um esporte disputado pelo Clube de Regatas do Flamengo.O clube começou a disputar competições oficias por equipes no tênis em 1916, quando o clube conquistou o Campeonato Carioca por Equipes. A partir daí, o Flamengo participa de vários torneios e campeonatos, sagrando-se tricampeão carioca de Tênis em 1918. Até 1932, o Flamengo praticava o tênis em seu campo, na Rua Paysandu. Com a perda de seu campo, o Flamengo ficou sem participar de competições de tênis até 1963, quando inaugurou suas quadras, na Gávea, voltando a conquistar títulos.

Títulos - CATEGORIA ADULTO

Etapa Bolívia do Campeonato Sul-Americano 1999

Etapas de Brasília, Salvador e Alagoas do Campeonato Brasileiro 1999

Campeonato Carioca de equipes (7 títulos) : 1916, 1917, 1918, 1976, 1977, 1978 e 1979

Torneio Intermediário do Rio de Janeiro (5 títulos) : 1923, 1926, 1927, 1929 e 1931

Challenge Sydney Pullen de 1921

Taça A.A. Caçapavense de 1922

Challenge C.A. Paulistano de 1924

Taça Sportiva Guaratinguetá de 1928

Taça Armando Siqueira de 1965

Campeonato Brasileiro de 1975

Campeonato Carioca de Primeira Classe (3 títulos) : 1980, 1981 e 1982

I Torneio Unitrel do C.R. Flamengo de 1997

Total de títulos: 24

Relação dos demais títulos do Flamengo, acesse: www.flamengo.com.br

domingo, 13 de janeiro de 2008

O eterno treinador Claudio Coutinho




Cláudio Pecego de Moraes Coutinho

Cláudio Coutinho





Ex treinador de futebol brasileiro, que comandou o Flamengo e a Seleção Brasileira na década de 70.

Carreira no esporte



Em 1970 foi chamado para ser preparador físico da Seleção Brasileira, tricampeã mundial no México. Nos treinamentos, passou a trabalhar com o Método de Cooper, sendo a partir daí conhecido por seu o seu introdutor no Brasil. Após a competição, trabalhou - agora como treinador - na Seleção Peruana, como coordenador técnico do Brasil na Copa de 1974, no time francês do Olympique de Marselha e na Seleção Brasileira Olímpica, levando-a ao quarto lugar nas Olimpíadas de Montreal de 1976. No mesmo ano, passou a treinar o Flamengo.
O relativo bom desempenho nesses lugares, além de seu histórico dentro da
Confederação Brasileira de Desportos, o credenciaram para ser o substituto de Osvaldo Brandão dentro da Seleção Brasileira de Futebol, então postulante à uma vaga na Copa do Mundo de 1978, na Argentina. A escolha de seu nome causou certa surpresa, já que era considerado pouco experiente para o cargo. Assim, Cláudio Coutinho quase começava por onde todos terminavam. Logo que assumiu o comando, Coutinho tratou de implantar sua filosofia própria. Na época o futebol brasileiro sofria com uma controvérsia em relação à sua própria essência. O fracasso na Copa do Mundo de 1974, aliado a outros fatores, levaram muitos à conclusão de que o nosso método de jogo, aquele individualista, baseado nos craques que desequilibram, estava ultrapassado e que o importante passava a ser o modelo europeu, coletivo, somatório, aonde os jogadores nada mais eram do que peças de uma engrenagem comum, o time.
Essa era uma discussão polêmica e que dividia opiniões e logo o treinador tratou de assumir que era um ardoroso defensor da europeização dos métodos. Para ele, a seleção brasileira já não dependia mais de craques foras-de-série, mas sim de um esquema em grupo, com disciplina tática. Ele também inventou uma terminologia confusa para descrever seu novo estilo de trabalho, com palavras como o "overlapping", o "ponto futuro" (que descrevia o procedimento em que o jogador fazia a jogada com seu companheiro já se posicionando para receber a bola posteriormente) e a "polivalência" (em que cada jogador passaria a exercer mais de uma função em campo).

Terminando de classificar o Brasil nas Eliminatórias, Coutinho passou a treiná-lo em uma série de amistosos. Mas em alguns desses, como um contra a
Inglaterra que terminou empatado em 1 a 1, suas teorias, tão firmemente defendidas, não se aplicavam com muito sucesso. Às vésperas da Copa, Coutinho passou a rever seus conceitos, mas era tarde. Na convocação, causou controvérsia: deixou de levar Falcão, do Internacional, considerado por muitos o melhor armador do futebol brasileiro à época, para ir com Chicão, do São Paulo, conhecido mais por sua garra e truculência, talvez pela questão da obediência tática. Na estréia da competição, o Brasil enfrentou a Suécia. O resultado foi um desanimador empate em 1 a 1. O jogo seguinte foi contra a Espanha. Um novo empate, desta vez em 0 a 0, já fazia pipocar críticas contra seu estilo e contra um certo espírito "retranqueiro" da Seleção. Um dos problemas que Coutinho enfrentava era a falta de entrosamento do time como um todo, em especial entre Zico e Reinaldo, dois craques absolutos, mas que estavam rendendo aquém do esperado no torneio. A vitória sobre a Áustria por 1 a 0 não acalmou muito os ânimos e o presidente da CBD, Almirante Heleno Nunes, acabou por intervir. Ordenou a Coutinho que trocasse a dupla por Roberto Dinamite e Jorge Mendonça e também que substituísse o zagueiro improvisado na lateral esquerda Edinho (já que Coutinho não havia aprovado Júnior na posição) por um atleta do ofício, Rodrigues Neto. As mudanças podem ter surtido algum efeito, já que o Brasil, no primeiro jogo da segunda fase, goleou o Peru por 3 a 0. Mesmo não apresentando um futebol ideal, era visível a melhora da equipe, a maior vontade e determinação. O jogo seguinte, contra a anfitriã Argentina, a futura campeã, ficou marcado pela rivalidade e tensão. Um 0 a 0 truncado e disputado, com todo o tempero dessa "batalha". A decisão sobre qual dos dois rivais sul-americanos iria à grande final ficou então para a última rodada: o Brasil enfrentaria a Polônia, enquanto a Argentina duelava com os peruanos. Os jogos, marcados para o mesmo dia, originalmente transcorreriam também no mesmo horário, mas subitamente a FIFA decidiu adiar o jogo da Argentina, para que começasse apenas após o término da peleja brasileira. A seleção então fez sua parte, vencendo sua partida por 3 a 1. Já os argentinos entraram em campo sabendo quantos gols precisariam fazer para superar seu adversário no saldo (primeiro critério de desempate). Em um jogo polêmico, marcado pela suspeita de irregularidade, o time goleou o Peru de forma surpreendente, por 6 a 0, contando com erros crassos do time adversário. Com isso, restou à Seleção disputar o terceiro lugar com a Itália, partida ganha por 2 a 1. O Brasil, embora não chegasse à final, foi o único time invicto da competição, um dos fatores que levou Cláudio Coutinho a cunhar uma frase que se tornaria célebre: "Fomos os campeões morais dessa Copa".

Mesmo assim, o treinador acabou responsabilizado pela mídia e opinião pública pelo fracasso de seu selecionado e teve até sua capacidade profissional questionada. Voltou ao Flamengo e, pouco tempo depois, conseguiu "dar a volta por cima" na equipe ao ser Tricampeão Estadual em 1978-1979-1979(Especial) e
Campeão Brasileiro em 1980, e, de certa forma, ao ser o "patriarca" do supertime que seria Campeão Mundial Interclubes em 81, já sob o comando de Paulo César Carpegiani, pois Coutinho, magoado com a direção do clube, havia saído da Gávea rumo ao futebol norte-americano. No rubro-negro, Coutinho obteve sucesso ao misturar seus avançados conhecimentos táticos com o talento individual abundante naquele fantástico time, conseguindo montar um dos maiores esquadrões da história do nosso futebol, um raro caso de uma equipe completa. Com isso, consagrou-se como um de nossos técnicos mais importantes.

Morte

No final da temporada de 1981, mesmo ano da consagração de boa parte de seu trabalho, estava em férias no Rio de Janeiro, antes de ingressar no futebol árabe. Exímio mergulhador, no dia 27 de novembro praticava um de seus hobbies, a pesca submarina nas Ilhas Cágarras, arquipélago próximo a Praia de Ipanema, quando morreu afogado, aos 42 anos.







A remadora LYDYA VON IHERING ...

Fonte: www.remolivre.com/rio_a_santos.html




ELIZABETH LYDYA VON IHERING JUNG

(LYDYA VON IHERING)


Nascida Elizabeth Lydya von Ihering Jung, em 24 de junho de 1911, no Rio de Janeiro, filha de Oscar Herlinger e Clara von Ihering Herlinger. Bisneta do jurista Rudolf von Ihering e neta do botânico Hermann von Ihering, fundador do Museu do Ipiranga (São Paulo), ambos personalidades de grande prestigio internacional e referências em suas especialidades. Praticou diversos esportes no Flamengo, inclusive remo (“Tinha o maior prazer em pegar um skiff e sair para dar uma longa remada”), natação e esgrima, sagrando-se campeã carioca desta modalidade. Era a musa rubro-negra e também da imprensa esportiva, bonita e culta, atleta polivalente, torcedora vibrante e participativa.
Em 1932, após o raid, o Jornal dos Sports instituiu um concurso público para eleger a representante da torcida brasileira nas Olimpíadas de Los Angeles. Lydia venceu com mais de 300.000 votos, com uma diferença de aproximadamente 100.000 votos sobre a segunda colocada. Só que a perdedora era esposa de um dos mais destacados atletas do Brasil, o qual teria dito que não iria às Olimpíadas se sua mulher não fosse. Assim, a candidata derrotada acabou sendo escolhida. Inconformados, os dirigentes rubro-negros prometeram a Lydia que ela viajaria a qualquer preço. E cumpriram a promessa. Lojas de alta costura da ruas Gonçalves Dias e Ouvidor, então o centro da moda feminina do Rio, vestiram-na dos pés à cabeça com o que havia de mais elegante e Lydia embarcou no mesmo navio que levou a delegação brasileira.
Casou-se com o alemão, naturalizado brasileiro, Carl Richard Jung, chefe da seção de câmbio do Banco Germânico para a América do Sul, onde Lydia trabalhava. Durante a 2ª Guerra Mundial, o Governo Federal fechou o banco e seus funcionários brasileiros foram transferidos para a Caixa Econômica Federal, Lydia e Carl entre eles. Mais tarde, Carl foi ser diretor da Tecelagem Santa Constancia e Lydia deixou o emprego para dedicar-se ao lar. Ambos gostavam muito de viajar e por duas vezes fizeram viagens de volta ao mundo, além de muitas outras, para destinos pouco explorados na época, como Patagônia e Egito, por exemplo. Até no Pólo Norte esteve.
Era grande amiga do pintor Guignard. “Ele pintava tudo que aparecia na sua frente e vivia querendo me presentear com seus trabalhos”, contou ela. “Na época, eu dizia para meu marido: ele pinta qualquer coisa. O que é que vamos fazer com isso? Se pudesse adivinhar que depois ele se tornaria famoso...”
Ficou viúva em 1985, sem filhos. Reside atualmente em Copacabana, Rio de Janeiro.
Ainda mantém-se ativa em relação ao seu clube, sendo membro do Conselho Deliberativo.
Seu nome está gravado na Calçada da Fama do C.R. do Flamengo.
A ‘FLAMENGO
Após décadas de luta contra o mar e escrever uma das mais belas páginas da história rubro-negra, a iole Flamengo finalmente entregou-se às águas que lhe deram fama. Defronte a rampa do seu clube, na praia que lhe deu nome, ela afundou, em data incerta, sem chances de resgate. Ali descansa em paz!


MARCHA MILITAR ‘FLAMENGO’


“Dedicada à trindade gloriosa que constituiu a guarnição da “Flamengo”Musica de Adélio RegoLetra de José Pacheco

1ª Parte


Partiram os três heróis desta jornada

Em noite escura...

Partiram para a vitória

Em busca de louros e glórias...

Chegaram ao seu destino

Levados pela esperança

Pela fé...pela fé...

De conquistarem troféu para a História.


2ª Parte


Heróis...Heróis...

Campeões de alto mar...

O Brasil sabeis honrar... BIS

Salve! Salve!

Vos recebemos festivamente,

Com delírio triunfal.

sábado, 12 de janeiro de 2008

A história do símbolo do Flamengo: URUBU







O Urubu


O Urubu : Em 1969, o urubu surge como símbolo oficialmente.A avê aparece em campo com uma bandeira do clube no pescoço como parte das provocações das torcidas adversárias, pouco antes do início de Flamengo x Botafogo, onde o Flamengo vence, quebrando um tabu de vitórias contra a estrela solitária que durava desde 29/07/1967 (9 jogos). O mascote foi estilizado pelo cartunista Henfil, do Jornal do Sports. A troca foi realizada principalmente pelo Popeye ser um herói americano, porém nunca deixou de ser lembrado.

História
 
Na década de 60 as torcidas rivais começam a chamar os torcedores do Flamengo de "urubus", alusão racista à grande massa de torcedores rubro-negros afro-descendentes e pobres. Tal apelido de cunho ofensivo nunca foi bem recebido pela torcida do Flamengo, até o dia 31 de maio de 1969.
Foi em um Domingo, quando um torcedor rubro-negro resolveu levar a ave para um jogo entre o Flamengo e Botafogo no Maracanã. Na época, os dois clubes faziam o clássico de maior rivalidade pós-Garrincha. E o Flamengo não vencia o rival fazia quatro anos. Nas arquibancadas, os torcedores do Botafogo gritavam, como sempre, que o Flamengo era time de "urubu".

O urubu foi solto na arquibancada com uma bandeira presa nos pés, e quando caiu no gramado, pouco antes do jogo iniciar, a torcida fez a festa, vibrando e gritando: "é urubu, é urubu". O Flamengo venceu o jogo por 2 a 1 e, a partir daí, o novo mascote consagrou-se, tomando o lugar do Popeye. O cartunista Henfil, rubro-negro, tratou de humanizá-lo em suas charges esportivas em jornais e revistas, e o Urubu tornou-se um mascote popular.

Em 2000 o mascote do Flamengo ganhou um desenho oficial e um nome: Samuca. No entanto, esse nome não se popularizou entre a torcida, que o continua chamando simplesmente de "Urubu".


quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Fla tem 'filiais' na Inglaterra ...

FONTE: http://globoesporte.globo.com/ESP/Noticia/Futebol/Flamengo/0,,MUL106489-4282,00.html


Fla tem 'filiais' na Inglaterra

Inspirados por Zico, ingleses montam dois times com o nome e as cores do Mengão ...
Thiago Dias Do GLOBOESPORTE.COM, no Rio de Janeiro.
Campeão mundial em cima do Liverpool em 1981, o Flamengo de Zico gerou frutos na Inglaterra. Inspirados pelo futebol do Galinho, fãs ingleses do clube da Gávea montaram duas equipes de futebol amadoras com o nome e as cores do Mengão: Bromley Flamengo FC, de Bromley (perto de Londres), e o Flamengo FC, de Birmingham.



Jogadores do Bromley Flamengo FC: time foi fundado em 2005 por um brasileiro torcedor do Mengão

Bromley Flamengo

O Bromley Flamengo tem até camisas para os fãs. E que torcedoras!

O Bromley Flamengo ficou mais famoso nesta terça-feira, quando o site oficial do time carioca divulgou a existência do clube. Nos últimos dias, o fundador da equipe, William Morris, conversou por e-mail com o GLOBOESPORTE.COM e revelou seu amor por Zico e pelo futebol brasileiro.- Eu sou carioca e morei até os sete anos no Brasil, antes de me mudar com minha família para a Inglaterra. Zico é o meu ídolo e cresci gostando do Romário, mesmo ele tendo ido para o bacalhau, e o Ronaldo, que nunca jogou no Flamengo mas é rubro-negro de coração - diz.A idéia de fazer um time surgiu em outubro de 2005, depois de ter jogado futebol na universidade e em uma liga amadora.- O time que eu defendia tinha um estilo muito inglês, e eu não gostava disso. Então, me reuni com alguns amigos e fizemos o Bromley Flamengo, já que eu torcia pelo Fla no Brasil. Meu objetivo é ver a equipe jogando como o estilo brasileiro, com diversão - conta.
No último domingo, o time estreou na primeira divisão da liga Orpington & Bromley District (OBDSFL). Segundo William, é a liga amadora mais famosa da Inglaterra. O Bromley Flamengo venceu por 3 a 2 o Coney Hall, que foi o campeão da Série B na temporada passada.
Flamengo de Birmingham

Escudo do Flamengo de Birmingham
A história do Flamengo FC, de Birmingham, começou há cinco anos. Também inspirada por Zico. Quem conta é Christopher Bloore, secretário da equipe:- Somos um grupo de amigos que jogava em ligas amadoras e times semiprofissionais. Queríamos fazer um time baseado no que víamos na televisão, como o Flamengo do Zico - diz, por e-mail, ao GLOBOESPORTE.COM.O símbolo da equipe é muito parecido com o do Flamengo carioca. Assim como o de Bromley, adotou o uniforme rubro-negro. E mais: o apelido da equipe é "Mengao", também em homenagem ao clube da Gávea.O Flamengo FC começou a jogar na 11ª divisão da liga amadora de Birmingham. O time foi campeão tão facilmente que foi promovido direto para a 5ª divisão. Segundo Chris, a equipe usa os mesmos jogadores desde que foi fundada.- Somos famosos por jogar ofensivamente, sempre. Temos jogadores muito habilidosos. A maioria já recusou propostas de receber para jogar, mas prefere continuar no time - afirma.
Apesar do carinho por Zico, os rubro-negros de Birmingham sabem que a situação do Flamengo no Brasil hoje é bem diferente de 1981:
- Acompanho jogos do Campeonato Brasileiro. Sabemos que o Flamengo está mal, mas isso já aconteceu também com grandes clubes ingleses.
Flamengo x Flamengo?


Os Flamengos de Bromley (foto) e de Birmingham usam uniforme rubro-negro
Os dois Flamengos ingleses compartilham um sonho: viajar ao Brasil e conhecer o Flamengo original. De acordo com Chris, o time de Birmingham está buscando patrocínio para tentar viajar ao Rio em janeiro.Wlliam diz que este também é o objetivo do Bromley Flamengo, que costuma receber em seu site oficial mensagens de torcedores brasileiros. Ao saber que há outro Flamengo na Inglaterra, William se empolgou:- Não sabia disso. Vou tentar marcar um amistoso com eles!
Flamengo x Flamengo? Só na terra da Rainha.


E o time lidera o campeonato local...

http://www.soccerweekend.com/league/index.asp?LeagueID=2042

Division 1 table

pos team pld pts

1 Flamengo 12 28

2 Erin Go Bragh 12 26

3 Sutton United B 13 25

4 KN Celtic 11 24

5 Old Wulfrunians A 10 22

6 Walsall Pheonix A 10 15

7 Kynoch 9 12

8 Parkfield Amateurs A 14 12

9 Village B 10 9

10 CPA Holy Name A 11 6

11 Resolution A 6 1

12 Solihull Gas 10 1

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Homenaem ao Rubro Negro Henfil ...


Henrique de Sousa Filho

- Henfil -





A estréia de Henfil deu-se em 1964 na revista "Alterosa". Em 1965 passou a colaborar com o jornal "Diário de Minas", tendo seu trabalho também publicado no "Jornal dos Sports" do Rio de Janeiro, e nas revistas "Realidade", "Visão", "Placar" e O Cruzeiro. Daí mudou-se para o Rio, onde, em 1969, passou a trabalhar no Jornal do Brasil e no jornal O Pasquim.
Em
1970 lançou a revista "Os Fradinhos", que tornou seus personagens conhecidos. Além dos Fradins, outras personagens de destaque foram Pó de Arroz, Zeferino, Orelhão, Bode Orelana, Graúna, Cabôco Mamadô, Urubu, Bacalhau e Ubaldo, o paranóico.
Henfil envolveu-se também com
cinema, teatro, televisão (trabalhou na Rede Globo, como redator do extinto TV Mulher) e literatura, mas ficou marcado mesmo por sua atuação nos movimentos sociais e políticos brasileiros. Ele tentou seguir carreira nos Estados Unidos mas não teve lugar nos tradicionais jornais estadunidenses, sendo renegado a publicações underground. Ele então retornou ao Brasil, publicando mais um livro.
Como seus irmãos
Betinho e Chico Mário, Henfil era hemofílico, e após uma transfusão de sangue acabou contraindo o vírus da AIDS (ou SIDA). Ele faleceu vítima das complicações da doença no auge de sua carreira, com seu trabalho aparecendo nas principais revistas brasileiras e quando o regime ditatorial que ele tanto combatia estava chegando ao fim.

Defensor da democracia


Henfil passou toda sua vida a defender o fim do regime ditatorial pelo qual o Brasil passava. Quando, em 1972, Elis Regina fez uma apresentação para o Exército brasileiro, Henfil publica no O Pasquim uma charge, enterrando a cantora, apelidando-a de "regente" - junto a outras personalidades que agradavam aos interesses do regime (como o cantor Roberto Carlos, Pelé, os atores Paulo Gracindo, Tarcísio Meira e Marília Pêra); Elis protestou contra as críticas e Henfil a enterrou novamente.

Cronista do humor

Os escritos de Henfil eram anotações rápidas. Não eram propriamente crônicas, mas um misto de reflexões rápidas, assim como seus traços ligeiros dos cartuns.
Célebres eram suas "Cartas à mãe" - título comum em que escrevia sobre tudo e todos, muitas vezes atirando como metralhadora, usando um tom intimista do filho que realmente fala com a mãe - ao tempo em que criticava o governo, cobrava posições das personalidades.
Mesmo seus livros são em verdade a reunião desses escritos, a um tempo memorialistas e de outro falando sobre tudo, sobre a conjuntura política e seu engajamento.
Em Diário de um cucaracha, por exemplo, Henfil narra sua passagem pelos
Estados Unidos, onde tentou "fazer a América", sonho de todo latino-americano que se preza (segundo ele próprio). A obra traz um quadro em que o cartunista relata o choque cultural que experimentou, a reação vigorosa do público americano aos seus personagens, classificados como agressivos e ofensivos. Tudo isso escrito em capítulos pequenos, em o tom intimista de quem dialoga não com um leitor anônimo, mas com um amigo ou conhecido.
Obras publicadas
Diário de um cucaracha (1976)
Hiroxima, meu humor (
1976)
Dez em humor (coletânea,
1984)
Diretas Já! (1984)
Henfil na China (
1984)
Fradim de Libertação (
1984)
Como se faz humor político (
1984)

Algumas obras do Henfil:








Visite o instituto Henfil
Video homenagem baseado em personagem do Henfil


terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Mais uma lenda no Remo: Boca Larga...

Fonte: http://www.flaestatistica.com/ - www.remolivre.com/rio_a_santos.html




Alfredo Correia: O Boca Larga



Um dos mais notaveis remadores do Rio de Janeiro, campeão em várias oportunidades, dando ao rubro-negro dezenas de troféus. Foi um dos integrantes do trio que fez o percurso Rio-Santos a remo. Entrou como herói na história do clube.
Trecho de um episódio com "Boca Larga"...
TORMENTA

Às 05h30mim de segunda-feira, 18, depois de esperar que o temporal que se abatera na véspera amainasse, Engole Garfo, Angelu e Boca Larga partiram de Ubatuba para Ilhabela, no litoral de São Sebastião, distante 50 milhas. Logo começaram a ser seguidos pelas tintureiras. Segundo Angelu, esta foi a pior fase do “raid”. “Mais do que nunca, precisamos ter calma, sangue-frio e segurança nas remadas. Um vendaval violento atingiu-nos no meio da travessia. A viagem vinha sendo feita em mar alto, a muitas milhas de distância da costa. Qualquer esmorecimento em tal situação seria uma verdadeira desgraça. Desde cedo as tintureiras nos perseguiam, cada vez mais perigosamente. Atirávamos, para afugentá-las, mas, feridas ou não, elas continuavam a nos perseguir, obrigando-nos a toda espécie de cautela. Graças a Deus nada nos aconteceu.”
No caminho, passou por eles o navio Ceará, da Marinha de Guerra, que se dirigia a Santos.“Foi quando experimentamos uma das mais fortes emoções de nossas vidas”, contou Angelu. “Quando ele passou por nós, assistimos a um espetáculo que nos tirou a fala. A oficialidade e os marinheiros vieram para a amurada e nos saudaram ruidosamente. Fomos obrigados a parar de remar, porque a emoção nos sufocou”.
Apesar do péssimo tempo e dos perigos, prosseguiram mais animados até alcançarem Ilhabela, depois de remarem 14h sem interrupção. Mais uma vez, foram recebidos por muita gente e com grande carinho.
A respeito desse trecho, Boca Larga contou um episódio curioso: “Eu ia na patroagem e já estava escurecendo quando vi um rochedo em que o barco devia bater, pois a distância era mínima. Só tive tempo de gritar: Olha o rochedo!!! e torcer o leme. Foi aí que verifiquei uma coisa assombrosa. O rochedo era um enorme tubarão”.
O grito “Olha o rochedo!” foi destaque na imprensa, ganhando manchetes, crônicas e até a divulgação pelos jornais de um poema bem-humorado, feito pelo próprio Boca Larga:
O grito “Olha o rochedo!” foi destaque na imprensa, ganhando manchetes, crônicas e até a divulgação pelos jornais de um poema bem-humorado, feito pelo próprio Boca Larga:
OLHA O ROCHEDO!!!

Vinha a iole navegando
Perto de S. Sebastião
E nós três a palestrar
Na melhor disposição

Falamos das namoradas
Recordando as despedidas
Os abraços, os adeuses
Das pessoas mais queridas

A certa altura, na noite,
Na mais densa escuridão
Eu senti gelado o sangue
E parado o coração

É que eu via em nossa frente
Um vulto, uma coisa estranha
A emergir do fundo d’água
Qual se fora uma montanha

Vi a morte a nossos pés!
O perigo era iminente
Fiz um esforço supremo
E dei um grito estridente:

- Olha o rochedo, rapazes!!!
E, num ímpeto indizível,
Desviamos a “Flamengo”
Do “Pão de Açúcar” terrível.

Qual não foi o nosso espanto,
Parada a respiração,
Ao vermos que o tal” rochedo”
Era um bruto tubarão.
O monstro, que dormitava,
Com o meu grito despertou.
Bocejou, pediu desculpas,
Disse adeus...e se afastou.

Sentimos um calafrio
Por toda a espinha dorsal- Oh!
Tu...Barão de Munchausen!
Nunca viste peixe igual!

Mas, independente do humor, o perigo era real. As autoridades navais diariamente expressavam aos jornais seus temores diante dos riscos que os remadores corriam. Entre a Ponta de Juatinga e São Sebastião, especialmente, o mar era traiçoeiro, palco de muitos desastres navais. Havia grandes trechos sem praias, só costões, sem falar nos tubarões. Além do mais, eles não tinham nenhum meio de contato com a terra. Se algo lhes acontecesse, não teriam como ser localizados, nem socorridos. Após o raid, Angelú confessaria: “Muitas vezes, julguei impossível que saíssemos vivos da aventura. Estivemos dentro da boca da morte