terça-feira, 16 de julho de 2013

Notícias do Flamengo...


E da seção, "uma grande piada"...

Diretor do tricolor da laranjeiras critica postura do Fla em acordo com Consórcio Maracanã


Jackson Vasconcelos acredita que Rubro-Negro não prezou pela transparência na negociação

O Dia

Rio - O diretor executivo geral do Fluminense, Jackson Vasconcelos, publicou em sua página pessoal do Facebook uma crítica ao acordo feito pelo Flamengo com o Consórcio Maracanã. Segundo o dirigente, o contrato feito pelo tricolor das Laranjeiras incomodou o Rubro-Negro, e fez o time Gávea correr atrás dos administradores do estádio.


Confira a postagem do diretor:
 
"Não resta dúvida, portanto, que o Fluminense fez um belo e inteligente acordo e incomodou muito o Flamengo quando chegou no Maracanã antes. Agora, meus caros, o Maracanã é do Fluminense por 35 anos e que venha o Flamengo como visitante.

Tem gente a bater no Fluminense e a elogiar o Flamengo por causa do acordo firmado com os concessionários do Maracanã. Se houver honestidade no debate, vale responder às perguntas:
 
1) por que o Flamengo reagiu à decisão do Fluminense de assinar o acordo? E, reagiu forte, com os flamenguistas em atitude de agressão ao acordo que fez o Fluminense. Na verdade, os flamenguistas passaram recibo, em resposta ao excelente acordo que fez o Fluminense que chegou primeiro no Maracanã.
 
2) Por que diabos o Flamengo não divulgou o acordo na íntegra? Não falam todo dia em transparência? Quem tem sido mais transparente? O Fluminense ou o Flamengo, que não divulgou a íntegra do acordo, para esconder os custos da operação. Terão participação no todo, receita e despesas, o que desequilibra o acordo deles em favor do Fluminense.
 
3) O pré-acordo do Flamengo é por seis meses. Para testar? Claro que não. Mas, para esconder o acordo que fizeram com o estádio Mané Garrincha em Brasília. Uma bobagem sem igual. Provavelmente o acordo com Brasília inviabiliza o acordo por mais tempo com os concessionários do Maracanã.
 
4) Passados os seis meses, o que fará o Flamengo? Jogará em que estádios? Estará mais fortalecido na relação com os concessionários do Maracanã? Evidente que não.
E é fácil você verificar o fato pela leitura dos jornais de antes, quando a imprensa, mesmo a Flamenguista, bateu na diretoria do Flamengo pela decisão de jogar fora do Rio.
 
5) Por qtos anos o Fluminense e o Flamengo jogaram no Maracanã antes da privatização? Menos de 35 ou mais de 35? E como era a relação dos dois clubes com a SUDERJ? Mais vantajosa ou menos?
 
6) Que alternativa tinha o Fluminense ou tem o Flamengo como estádio para jogar nos próximos anos? Engenhão? São Januário? Estádio próprio? Qual o custo de cada decisão dessa pelos próximos 35 anos?
 
7) Garantir o Maracanã como estádio para os jogos de mando por 35 anos é um mal negócio, considerada a marca, o respeito e a qualidade do estádio?
 
Não resta dúvida, portanto, que o Fluminense fez um belo e inteligente acordo e incomodou muito o Flamengo quando chegou no Maracanã antes. Agora, meus caros, o Maracanã é do Fluminense por 35 anos e que venha o Flamengo como visitante."


 "Elas" fizeram um acordo estúpido" com os "novos donos do finado Maracanã" ,e agora estão com medo da reação de sua torcida.  E, agora querem "desviar o assunto" querendo saber o teor do contrato  do Flamengo...

Se "elas" não possuem capacidade (ou honestidade) em falar publicamente, por que "ficaram de quatro" para a turma do Eike "faturar milhões de reais ano" e, o clube centenário "receber migalhas", o problema não é nosso...


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Ainda sem reforços, diretoria do Flamengo silencia para evitar leilões


A quatro dias do fechamento da janela de transferências internacionais, clube alega mercado difícil e ainda não anunciou contratações

Por Richard Souza Rio de Janeiro

Paulo Pelaipe, diretor executivo de futebol do Flamengo (Foto: Alexandre Vidal / Flaimagem) 
Paulo Pelaipe admite dificuldades em atender
pedidos de Mano (Foto:Alexandre Vidal/Flaimagem)

A quatro dias do fechamento da janela de transferências para jogadores vindos do exterior, o Flamengo corre contra o tempo para atender aos pedidos de Mano Menezes. O técnico espera três ou quatro reforços de ponta para a sequência da temporada. O departamento de futebol encontra dificuldades, e o mercado nacional pode ser a única saída. Sem poder de fogo para fazer extravagâncias financeiras, o clube adota o silêncio. O diretor de futebol Paulo Pelaipe diz apenas que está no mercado e que “trabalha duro” na busca por reforços. A tática é simples: o interesse por qualquer jogador é guardado a sete chaves na tentativa de evitar que clubes, empresários e jogadores façam leilão.

Nem sempre dá certo. Os nomes do zagueiro Leandro Castán, do Roma, do atacante Emerson Sheik, do Corinthians, e do zagueiro Rhodolfo, do São Paulo, entraram em pauta e vazaram. E nos três casos há pelo menos mais uma equipe interessada. Enquanto fatos novos não acontecem, Paulo Pelaipe evita se estender ao comentar o assunto.

- Estamos trabalhando. Não estou pessimista nem otimista. Só vamos anunciar quando o jogador estiver fechado – limita-se a dizer, quase como um mantra.

Desde que chegou ao Flamengo, há quase um mês, não foram poucas as vezes que Mano Menezes falou da necessidade de reforços para sequência da Copa do Brasil e do Brasileirão. Mas pouco a pouco o conformismo passa a tomar conta do discurso do treinador. Nas entrevistas, limita-se a dizer que tudo caminha como planejado. O ex-comandante da seleção brasileira procura dar tempo a Pelaipe e ao vice de futebol Wallim Vasconcellos. Mas o combinado é que serão contratados jogadores de ponta, que cheguem para assumir um lugar no time e ajudar os menos experientes.

Mano deixa claro que espera as contratações, mas enquanto ninguém chega, trabalha com o que tem. O treinador tem gostado da evolução do time. Sob o comando dele, foram três vitórias (amistoso contra o São Paulo, ASA-AL pela Copa do Brasil e Vasco pelo Brasileiro) e um empate com o Coritiba, também pelo Brasileirão.

A vitória por 1 a 0 sobre o Vasco, neste domingo, em Brasília, trouxe alívio ao treinador e aos jogadores. Com o resultado, o time chegou a nove pontos e pulou da 18ª posição no Brasileiro, na zona de rebaixamento, para a 11ª.

Na Copa do Brasil, a situação é confortável. Depois de vencer o ASA-AL por 2 a 0, em Arapiraca, a equipe rubro-negra faz nesta quarta-feira, em Volta Redonda, a partida de volta. O Flamengo pode até perder por um gol de diferença que se classifica para as oitavas de final.


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E, a propósito, mudando um pouco de assunto...

 FONTE: Jornalista Lúcio de Castro - ESPN.com.br

Sobre vândalos, vandalismo e a concessão do Maracanã


VANDALISMO-
[Do fr. vandalisme.]
S. m.
1. Ação própria de vândalo.
2. Destruição daquilo que, por sua importância tradicional, pela antiguidade ou pela beleza, merece respeito.
Vandalismo. Foi a palavra mais usada no último mês. Repetida infinitamente e sem parcimônia a cada reportagem ou editorial. Vociferada pelos Jabores da vida. Naquele nível que chega a incomodar. E a parecer coisa bem amarrada. Cachorro mordido de cobra tem medo de linguiça e quem conhece dois tostões da nossa história sabe como essas coisas são... O foco desviado, as repetições que têm por finalidade introjetar uma ideia ou conceito sobre algo, a deturpação na exposição dos fatos... Linguagem e ideologia, como sempre, caminhando lado a lado.

Foi pensando na sistemática repetição de "vandalismo" e "vândalos" no noticiário do último mês que me lembrei de Marilena Chaui no seu já bem distante "Convite à Filosofia", que parece ter sido escrito ontem. "Sem deixar que os sujeitos envolvidos nas ações se manifestem espontaneamente, a ideologia abafa a essência dos acontecimentos (discurso das coisas), valorizando a aparência dos acontecimentos, a interpretação (discurso sobre as coisas)", diz a filósofa.

Tivemos de tudo no último mês. Infiltrados, nazifascistas e ultraconservadores no meio de protestos legítimos. Teve também gente desqualificada cometendo o pecado de apedrejar o Itamarati, o Paço Imperial...Mas destacar isso acima de tudo o que aconteceu nas ruas é Marilena de volta em estado bruto ("a ideologia abafa a essência dos acontecimentos").

Tentar entender tudo isso que acontecia e o foco do noticiário no "vandalismo" era antes de qualquer coisa buscar a essência e semântica da tal palavra-chave. Afinal, quem são os grandes vândalos dessa história, quais são os grandes atos de vandalismo? Em que pese, como citado aqui, que nada justifique uma pedra em direção ao colosso que é o Paço Imperial. Que nada tem a ver com a essência do que está na rua.

Responder a essa pergunta é antes de qualquer coisa resgatar o sentido completo da palavra. Por isso esse texto começa com a citação ao velho companheiro Aurélio: VANDALISMO- "Destruição daquilo que, por sua importância tradicional, pela antiguidade ou pela beleza, merece respeito".

Que achado, que descoberta... Tão simples, esteve sempre ali, repousando no velho Aurélio! Pois vandalismo então é "destruição daquilo que, por sua importância tradicional, pela antiguidade ou pela beleza, merece respeito"!!! Resgatado o sentido original e completo, agora podemos partir para tentar entender: quem são os grandes vândalos dessa história, de quem são os grandes atos de vandalismo.

Comecemos pelo Maracanã. Aqui não há espaço para dúvidas. Estamos falando de vandalismo na essência da palavra. Destruíram um bem tombado, passaram por cima da lei, "destruição daquilo que, por sua importância tradicional, pela antiguidade ou pela beleza, merece respeito". Fiz matéria em parceria com Gabriela Moreira comprovando a surreal história de destruição do estádio. Fora da lei. Sem mais. Vandalismo. 

Quem são os vândalos?

Vale também ver a reunião do conselho consultivo do IPHAN, aqui reconstituída. Os conselheiros não tiverem meias palavras sobre a obra no Maracanã: "Crime".

O gritante caso de vandalismo vai além. Destrói, subtrai e faz uso espúrio do dinheiro público. O seu, meu e nosso. Em um caso único de falta de pudor: um bilhão e quebrados gastos na obra do Maracanã para no dia seguinte ao fim entregar por menos de 600 milhões.

Vale a pena também ver o trecho da entrevista do diretor do novo consórcio Maracanã, João Borba, para Gabriela Moreira. Sem meias palavras, o sujeito que usa como exemplo Wimbledon para padrão de comportamento do torcedor, diz com todas as letras que se as obras não tivessem sido feitas pelo estado não seria um bom negócio para o grupo que ganhou o Maracanã.

Até porque as obras mudaram a arquitetura do estádio, e essas mudanças possibilitaram a elitização expressa no contrato com o novo concessionário. Se linguagem e semântica tem ideologia, a arquitetura, como tudo, também tem. A ação entre amigos está explícita na sem pudor entrevista, com 2m52s.
A confissão de que ganharam de presente o estádio depois que nós pagamos a reforma. Sem o que não valeria a pena para a turma do guardanapo e para os que emprestam jatinhos e ganham estádios.

São tantas histórias de destruição do patrimônio público e do seu, meu e nosso por parte do governador-voador. Quem são os vândalos, de quem é o vandalismo? Quem autoriza entrar de helicóptero atirando na favela? Quem autoriza entrar na Maré matando? Quem autoriza jogar bombas de gás num hospital?

A boa matéria de Isabel Clemente na Revista Época no fim de semana, antecipando o acerto com empreiteiras para obra do estado e o resultado de licitações, com parte da mesma turma do Maracanã, é impressionante. Alguma dúvida para responder a pergunta feita aqui tantas vezes? Quem são os vândalos? Quem fez vandalismo? Procure e veja a reportagem, vale a pena.

A história há de botar as coisas no devido lugar. Ela sempre cuida das coisas. Mas como talvez eu não tenha tempo de esperar, gostaria imensamente de ver os preceitos republicanos reinstaurados no meu estado. Antes do inexorável julgamento da história, urge a plena consciência de quem são os maiores vândalos, quem tem feito atos de vandalismo.

E quanto ao Maracanã, não é possível mais existir qualquer dúvida: a farra da concessão tem que ser revista, investigada e julgada. Urgentemente. Para que possamos olhar para frente de cabeça erguida, com a certeza de que o Brasil vai cumprir seu destino imenso da "civilização original", de Darcy Ribeiro. Tropical, mestiça e humanista, como sonhou o gênio da raça. Tantas vezes representada na mistura do antigo Maracanã. E não o que está no projeto de alguns: ser uma República dos Guardanapos.


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