segunda-feira, 9 de agosto de 2010

É HORA DE CANTAR DE GALO


Fonte: Coluna do Jornalista Renato Mauricio Prado
09 de agosto de 2010 - 19:39 H







É impossível ser contra a filosofia defendida por Zico de investir primordialmente na construção do CT, para reviver a filosofia histórica de que "craque o Flamengo faz em casa" (e, depois, vende... - como chegou a brincar o próprio ídolo, ainda quando jogador).

Mas o que decepciona, até agora, é não ver o maior astro da história do Flamengo agir como tal, entre outras coisas, tomando a frente no processo de reconstrução do time campeão brasileiro, destroçado pela perda de três de seus principais jogadores, além do evidente envelhecimento de outros.

Como monstro sagrado que foi, espera-se de Zico uma atitude menos passiva e mais participativa. Dinheiro não há? (se bem que isso é, no mínimo, estranho, diante dos milonários orçamentos da Olympykus e da Batavo) Ok. Então, que o maior camisa 10 da Gávea, em todos os tempos, saia a campo, usando o seu prestígio e sua credibilidade para obter os recursos necessários para fortalecer o time rubro-negro.

Sempre se falou que, com Zico à frente, o Flamengo não teria dificuldades em conseguir investidores, devido à sua idolatrada e indiscutível figura. Faz todo o sentido. Mas ele a tem usado, diuturnamente, em prol do clube?

Quantos presidentes de empresas potencialmente patrocinadoras se recusariam a recebê-lo? E quais os projetos que ele poderia criar e oferecer? O que se quer de Zico, agora como dirigente, são lances magistrais, como os que protagonizava nos gramados. Será que se ele se colocar à disposição do mercado, de forma determinada e criativa, não haverá quem se anime a tabelar com ele - e com a marca esportiva mais forte do país, depois da seleção brasileira?

É isso que a gigantesca torcida rubro-negra quer de seu ídolo maior. Que ele se torne, fora das quatro linhas, o "Messias", o "salvador" que sempre foi com a bola nos pés - e não apenas o "síndico" das obras de finalização do Ninho do Urubu e o cara que (meu Deus!) aprovou as contratações de jogadores medíocres como Borja e Val Baiano.

Vai à luta, Galo! Faça como sempre fez, enquanto jogador, e não se deixe vencer pela acomodação e pelas adversidades. Você sempre teve a força. Você pode. Mas precisa acreditar nisso e se empenhar como naqueles jogos em que a bola teimava em não entrar. Assim como nos tempos em que você jogava, nome não é o bastante. É preciso unir inspiração à transpiração.

A "Nação Rubro-Negra" continua a acreditar em você, Zico. Não a decepcione ...

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