terça-feira, 24 de março de 2009

Homenagem a um dos fundadores da FAF: Walter Clark


Walter Clark Bueno


Começou a trabalhar cedo, com dezesseis anos, numa rádio carioca. Filho de uma descendente de americanos e um eletrotécnico, em 1956, entrou na TV Rio, sua maior escola, em se tratando de televisão. Foi lá que deu os primeiros passos e testou suas habilidades, que mais tarde seriam vistas por todo o Brasil.Dez anos depois, a história de Walter Clark começou a tomar um rumo promissor. Ele foi chamado para trabalhar na recém-fundada TV Globo, que contava com parcos números de audiência.
Trabalho dedicado e criatividade marcaram sua fase global que durou doze anos.Foi nesse ínterim que Clark se filiou com José Bonifácio, o Boni, formando uma dupla imbatível. Nasceu aí o casamento jornal-novela, da qual Clark foi diretor-executivo, o que lhes rendeu dentro da emissora, a nomenclatura Boni e Clark (aludindo aos personagens do cinema).Essa idéia de associar entretenimento com jornalismo foi brilhante, pois modernizou a programação, condicionou o público e o fidelizou até hoje. Foi Clark uma dos responsáveis pelo Padrão Globo de Qualidade.DemissãoMas nem tudo na vida de Clark foi glória. Acabou demitido no ano de 1977 da poderosa Globo e em vários depoimentos e críticas, aos quais a mídia deu espaço, mostrou-se magoado com seus antigos patrões, principalmente com Boni, que ocupou seu lugar.
Era 1977, e a FAF – Frente Ampla pelo Flamengo – nasceu nas salas da Globo, especificamente na do Otto Lara Resende, que, posteriormente, vestiria o fardão da Academia Brasileira de Letras.
Gente das mais variadas atividades, como Walter Clark, o executivo que comandou a ascensão da Globo, João Araújo, da Som Livre, Magaldi, superintendente de Comunicação da Globo, Newton Rique, o dono do Banco de Campina Grande, Carlos Niemeyer (Nini, o criador do Canal 100 e do “Caju Amigo”) e Márcio Braga, dono de cartório e que acabou sendo o escolhido para candidato da FAF à presidência do Flamengo.

A campanha para a presidência foi entregue ao Magaldi, que a dividiu comigo. Magaldi foi o seu ideólogo e eu, o seu executor.

Na Agência da Casa, editou-se o Boletim Semanal da FAF, os “comerciais” que gravei com Márcio e Nini, exibidos gratuitamente e “despercebidos” pelo rubro-negro Roberto Marinho.

Quando faltavam três semanas para a eleição na qual a FAF era a oposição, peguei Magaldi no corredor e mostrei-lhe um anúncio de um programa da Globo para a sua aprovação.
Ele olhou, disse “tudo bem” e acrescentou:
- Mario, se eu pegar você fazendo qualquer outro trabalho para a Globo, até a eleição, considere-se demitido.

Vencemos, é claro.

Na madrugada de 1981, na qual, em Tóquio, o Flamengo sagrou-se campeão do mundo, saí da Barra da Tijuca para a comemoração no Antonio’s, no Leblon.
Era a única casa aberta na Zona Sul e quando cheguei na porta, o bar estava absolutamente lotado. A maioria dos “barrados no baile” era gente que conhecia meu currículo no Mengo e, com a ajuda de dois garçons, um grupo colocou-me, na horizontal, junto ao balcão.

Um comentário:

Anônimo disse...

po, eu como flamenguista acho isso estranho. w.clark, globo, decade de 70 (ate ali na ganhavamos nada) marketing, roberto marinho e globo = massificação.

por isso temos essa torcida q as vezes me irrita pq qdo to no estadio so modinha de final e na hora da pauleira (joggo de merda) nego nao paga caro pra ajudar as contas