Rio - Convidado para assinar o quarto título da série infanto-juvenil ‘Meu Time do Coração’, o cantor Gabriel O Pensador tentou puxar pela memória na hora de escrever o livro. Mas como o pai, gremista convertido em tricolor, nunca fez questão de levá-lo para ver os jogos do Flamengo no Maracanã, ‘Meu Pequeno Rubro-Negro’ (editora Belas-Letras, 24 páginas, R$ 19,90) acabou sendo mais sobre suas experiências de pai do que de filho.
“Lembro de ter ido com o pai de um amigo, quando ainda era criança, e de ter ficado fascinado com o ‘Maraca’”, diz Gabriel, que autografa o livro amanhã, a partir das 19h, na livraria Saraiva Megastore do Rio Sul.Em seu livro, o rapper e escritor premiado (seu livro ‘Um Garoto Chamado Rorbeto’ ganhou o prêmio Jabuti de melhor livro infantil em 2006) concede a honra da ‘primeira vez no Maracanã’ a Claudinho, personagem inspirado em outro rubro-negro ilustre. “Resolvi chamá-lo de Claudinho por causa do Bussunda, e o (ilustrador) Mario Alberto o desenhou como uma ‘homenagem subliminar’”, conta.Menino sem time, Claudinho vai pela primeira vez ao Maracanã com o novo amigo e seu pai, rubro-negros fanáticos. “Eu sou mais como o pai da história, gosto de levar meus filhos (Tom, de 6 anos, e Davi, de 3) aos jogos sempre que dá. O Tom vai desde que não entendia nada, só para ver as bandeiras”, diz. A partir da inexperiência de Claudinho, seus guias no universo do futebol o apresentam a momentos-chave da história do Flamengo, do time campeão mundial de 1981 à origem do apelido ‘urubu’ que acompanha os rubro-negros. Zico, herói maior dos flamenguistas, ganhou duas páginas só para ele.
“Ele foi o meu primeiro ídolo e faço questão de entregar o livro a ele pessoalmente”, diz Gabriel. Júnior, outro craque que simboliza o time, também é homenageado no livro. “O Zico eu não vi jogar tanto quanto o Júnior. Quando eu era adolescente, ia literalmente a todos os jogos do Mengão”, diz.
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