Silva Batuta
Posição: Atacante
Camisa: 10
Origem: Ribeirão Preto (SP)
Nascimento: 02/01/1940
Principais Equipes:São Paulo (1955 a 1957), Batatais-SP (1958/59), Botafogo-SP (1960/61), Corinthians (1961 a 1965), Flamengo (1965/66 e 1968/69), Barcelona-ESP (1966/67), Santos (1967), Racing-ARG (1969), Vasco (1970 a 1974), Botafogo (1971).
Principais Títulos:Campeão Carioca (Flamengo- 1965), (Vasco- 1970); Campeão Paulista (Santos- 1967).Outros Prêmios:Artillheiro do Rio (1966)
História
Valter Machado da Silva é um daqueles casos raros no futebol de jogador que marcou sua passagem por um time sem ter sido formado e sequer ter passado tanto tempo vestindo a mesma camisa.Silva, sobrenome que virou sinônimo de grande atacante na década de 60, passou apenas quatro anos no Flamengo, entre idas e vindas. O tempo foi suficiente para que o jogador, nascido na cidade de Ribeirão Preto, em São Paulo, ganhasse a famosa pele Rubro-Negra. E ele vestia a lendária camisa 10, que teve Benitez, Rubens, Dida e ainda teria Zico.Habilidoso e excelente cabeceador, Silva teve 20 anos de uma carreira repleta de gols por onde passou. Por ser um atacante extremamente inteligente e articulador com espírito de liderança, ficou conhecido como "Batuta", associação feita ao instrumento usado pelo maestro para reger a orquestra.Começou no futebol aos 15 anos no São Paulo e ainda passou pelas equipes do Batatais e do Botafogo de Ribeirão Preto, até ser descoberto pelo Corinthians. Em 1964, o Flamengo contratou Silva para reforçar o time e o resultado não poderia ter sido melhor. Ao lado do polêmico Almir Pernambuquinho, Silva se destacou no Campeonato Estadual no Quarto Centenário do Rio e conduziu o time ao título.No primeiro ano de Flamengo, marcou 21 gols em 39 jogos. No ano seguinte, 1966, se manteve em tão boa forma que foi convocado para a Seleção Brasileira. Sua estréia ocorreu no dia 1º de maio, no amistoso em que o Brasil venceu a Seleção do Rio Grande do Sul por 2 a 0. Disputou ao todo 8 partidas com a Amarelinha, marcando 5 gols. Infelizmente o único jogo oficial de Copa do Mundo foi a fatídica derrota para Portugal, por 3 a 1, em 66.Depois de duas temporadas brilhantes, Silva acabou se transferindo para o futebol europeu. Jogou um ano no Barcelona da Espanha, sem grande destaque. Voltou para jogar no Santos, mas retornou ao Flamengo em 1968 para mais uma temporada e meia. Ao todo, balançou a rede 68 vezes em 132 jogos pelo Rubro-Negro e conquistou a admiração do torcedor.Antes de encerrar a carreira, Silva ainda passou pelo Racing, da Argentina, sendo o único artilheiro que o time já teve em sua história. E jogou dois anos com a camisa do Vasco. Sempre com brilhantismo. Mas, mesmo defendendo o rival, o sangue Rubro-Negro o tornou uma das lendas da Gávea.Caminho natural de grande parte dos ex-jogadores, Silva trabalhou como treinador e auxiliar após pendurar as chuteiras, em 1974. Se firmou como olheiro atuando em divisões de base, mas ganhou as páginas do jornal ao se formar em Direito já sexagenário. Virou Dr. Silva.
Curiosidades
* Silva nunca atuou ao lado de Zico, mas o enfrentou num torneio em 1971.* No Flamengo havia o talentoso Carlinhos, meia, que era o Violino do time. Afinado e refinado. E o Batuta, que ajudava a formar a orquestra.* No Corinthians, Silva disputou 140 jogos e marcou 89 gols.* Os filhos de Silva, Wallace e Valtinho seguiram no futebol. Passaram pelo Flamengo e jogaram em diversos clubes pelo Brasil.* O apelido de Batuta foi dado pelo radialista Jorge Cury.
2 comentários:
SILVA FOI O CRAQUE DO FLAMENGO NA MINHA INFÂNCIA NA DÉCADA DE 60. EU O VI COMANDAR O TIME NA CONQUISTA DO CAMPEONATO CARIOCA DO QUARTO CENTENÁRIO DO RIO EM 1965. ELE TINHA UM ESTILO E UMA TÉCNICA INCOMPARÁVEIS. NA CABEÇADA ERA ÚNICO. SEU PIQUE EM VELOCIDADE PARA O GOL TINHA UM ESTILO ELEGANTE E VELOZ. FOI UM DOS MAIORES DOS ANOS 60, O QUE SIGNIFICA UM TREMANDO ELOGIO, POIS ERA ÉPOCA DE FARTURA DE CRAQUES.
Além de excelente cabeceador, Silva, o "Batuta", foi o melhor jogador brasileiro da história do nosso futebol, para matar uma bola no peito. Nem Pelé fazia igual (e "Sua" Excelência sabia disso). Fora, que era muito bom de porrada, fazendo com Almir de Albuquerque, o Pernambuquinho, a dupla atacante com mais cara de Flamengo da nossa história.
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