O Gringo ...

10/06/2011 09h20 

Diretor de 'O Gringo' se impressiona com idolatria de Pet no Flamengo

Darko Bajic conta que nunca esperou tanto para realizar um documentário. Filme entra em circuito nos cinemas nesta sexta-feira

Por Janir Júnior e Richard Souza Rio de Janeiro

 

O documentário "O Gringo", que conta a história de sucesso de Dejan Petkovic no futebol, entra em circuito no Rio de Janeiro nesta sexta-feira. No filme, o sérvio e personagens que fazem parte da vida dele narram as principais passagens de mais de duas décadas de carreira, cujo ápice fora alcançado no Brasil com a camisa do Flamengo. A produção de uma hora e meia tornou-se possível muito por conta de Darko Bajic. Foi o conceituado diretor de cinema quem convenceu o meia a contar a vida por meio da arte depois de se impressionar com a idolatria do compatriota no Rubro-Negro.

Darko e Pet se encontram no escritório do ex-jogador, na Barra da Tijuca (Foto: Richard Souza / Globoesporte.com)

- O Darko é um dos mais famosos diretores de cinema na Sérvia, fez muitos filmes. Nos conhecemos há muito tempo, mas ficamos mais amigos de uns dez anos para cá, quando ele veio no Brasil em 2001, num festival em São Paulo. Ele veio ao Rio, ficou aqui na minha casa, nos aproximamos e viramos amigos, jogávamos basquete quando estávamos de férias. Ao longo do período, isso se estreitou. O diretor brasileiro Fabiano Canosa queria fazer o filme, mas eu disse que não. Naquele mesmo ano, o Darko viu a idolatria da torcida do Flamengo e achou que seria bom colocar nas câmeras, disse que estava ansioso para fazer um filme diferente do que ele estava acostumado, mas falei que ainda não era a hora. Sempre que a gente se via ele me chamava para fazer o filme.

Darko teve paciência, soube esperar e, por sorte, escolheu o momento perfeito.

- Nunca esperei tanto para fazer um filme. O Dejan sempre falava que não era a hora. Em dezembro de 2008, o convenci. E o título de 2009 (do Brasileirão) ajudou muito a desenvolvê-lo, ganhou suspense, surpresa e realização foi maravilhosa.

"O Gringo" está em cartaz no Rio de Janeiro
(Foto: Richard Souza / Globoesporte.com)

O diretor lembra que no período de pré-produção o Flamengo ainda estava distante da ponta da tabela.

- Começamos em outubro e terminamos em dezembro. Quando começamos a gravar, o Flamengo entrou lá em cima. Queria mostrar essa alegria, essa simplicidade específica no Brasil. Essa emoção que dá energia positiva aos jogadores.

Na telona, a ênfase está em suas passagens pelo Flamengo, com o gol do tricampeonato estadual sobre o Vasco em 2001 e a conquista do Brasileiro em 2009. Alguns momentos arrancaram risos da plateia, quando o jogador faz o papel de ator meio sem jeito.

- Como ator, Dejan escuta bem as indicações do diretor. A colaboração foi muito boa, deixou fazer o filme, me deixou à vontade. Escolhemos deixá-lo como ator pela facilidade de comunicação que ele tem. Toda vida fiz filme de ficção. Documentário foram dois. Um sobre um pintor sérvio e esse sobre o Pet. Esse documentário está no limite para se tornar um filme de ficção. Ele está construído com o drama de um filme de ficção. Tem suspense, emoção. Na pré-estreia em Belgrado, quase três mil pessoas assistiram. As mulheres disseram que era um filme muito bonito. Vai ser lembrado como um filme que conseguiu juntar mulheres e futebol na Sérvia. Algo que é comum aqui no Brasil.

Teo Fonseca: o pescador de craque

Foi Teo quem descobriu Pet no Real Madrid
(Foto: Richard Souza / Globoesporte.com)

Se a insistência de Darko fez nascer "O Gringo", foi o perfil visionário de Teo Fonseca que proporcionou o encontro de Petkovic com o Brasil. Em 1997, o então vice de futebol do Vitória sugeriu e batalhou pela contratação do jogador junto ao Real Madrid. Quase 15 anos mais tarde, Teo, que também está no filme, ainda se arrepia ao ver que Pet alcançou o sucesso e conquistou carinho e respeito de algumas das torcidas mais importantes do futebol brasileiro.

- Eu insisti quando vi os gols dele pelo Estrela Vermelha de Belgrado e pelo Real Madrid. Chutava com dois pés, driblava em velocidade com os dois pés, dominava a bola correndo com os dois pés. Poucos fazem isso. Zico fazia, Pelé fazia. Realmente o destino foi generoso. Eu descobri o Petkovic, conhecido como Rambo na Europa, e ele se transformou esse craque. Jogou na Arábia Saudita, na China, na Itália. Passou por Vitória, Flamengo, Vasco, Fluminense, Santos, Goiás, Atlético-MG. Foram sete clubes no Brasil e três no exterior depois que trouxemos ele para o Brasil. Além de ser a pessoa que é, viramos irmãos, somos uma família só.

Pet se aposentou no domingo passado, no empate por 1 a 1 com o Corinthians, pela terceira rodada do Brasileirão. Aos que sentem saudade e querem recordar os melhores momentos do sérvio, o documentário está em cartaz no Cine Glória e no Ponto Cine.

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A propósito...

R$ 79,00 de aumento salarial ??? 

Isso não paga nem o "lanchinho da tarde"  de sua senhora Governador ...

... e nem o "goró" diário de seu pai ... 

E a "onda vermelha" cresce a cada dia ...