sábado, 24 de janeiro de 2009

Modelo de gestão profissional ?

Bom dia a todos


E começa o desmanche dos esportes amadores no Flamengo ...

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24/01/2009 01:26:00


Hypólito chuta o balde: ‘Acabou a ginástica no Flamengo’

Danielle Rocha

Rio - O escudo que Diego Hypólito tanto fez questão de ostentar por 14 anos foi retirado do canto esquerdo da camisa antes da reunião com o presidente do Flamengo, Márcio Braga. A irmã, Daniele, trocou a sua. Somente Jade Barbosa vestia as cores do clube. Com os contratos vencidos em dezembro e salários atrasados, os ginastas tinham esperanças de ouvir uma boa notícia, mas acabaram decepcionados, com a sensação de que não há solução a curto prazo e de que estão de favor na Gávea. E isso eles não querem. Diego desabafou: “É mais ou menos assim. ‘Acabou a ginástica do Flamengo. Fecharam as portas, vocês não têm escolha. Se quiserem, é nada; se não, tentem outro clube’. Eu me sinto desvalorizado, e elas também. Foi uma facada, um pouco de descaso. Não posso voltar ao meu passado, passar necessidade e não ter o que comer, pois tenho 12 anos de ginástica pela frente”.


Os três têm propostas para trocar o Rio por São Paulo, mas preferiam ficar. Daniele diz que só pode esperar um mês. Diego tem mais pressa. “Ficamos nos momentos mais difíceis do clube e estamos sem rumo. Em 2004, falei para o Márcio Braga não deixar acabar a ginástica e o que sinto hoje é isso. Vamos voltar a treinar amanhã (hoje), porque tem competição no mês que vem, mas não pode a gente ficar sem receber, sem a estrutura de médico e fisioterapeuta, sem dinheiro para pagar gasolina ou táxi. Não pode a Jade vir de ônibus, às vezes”.


Os quatro ginastas de nível internacional custam ao Flamengo cerca de R$ 50 mil mensais.


Diego ressaltou que a vice de esportes olímpicos Patrícia Amorim tira dinheiro do próprio bolso para ajudá-los. Lembrou que se o clube recebeu uma aparelhagem de primeira se deve boa parte às conquistas de Daniele. “Não existe demonstração de amor se não há amor pela gente. A gente está aqui de favor”. Antes do desabafo, os três ouviram com semblantes fechados o discurso do presidente, interrompido pela falta de luz na Gávea. Culpava a crise mundial pela redução no orçamento, o COB por não dividir os recursos da Lei Agnelo-Piva com os clubes formadores e voltava a pregar a necessidade de um modelo de gestão profissional, abrindo mão dos dirigentes voluntários, para poder reerguer o clube. Mas Márcio não conseguiu explicar por que não foram criadas, anteriormente, alternativas de captação de dinheiro para evitar essa situação, mesmo depois de ter exaltado a grandeza do clube e de seus atletas.


“Pinheiros e Minas conseguem porque não têm futebol e investem recursos de seus associados para pagar salários e ajuda de custo. A freqüência é enorme porque não tem praia”.João Henrique Areias, profissional de marketing, foi convocado para buscar recursos. Pediu crédito aos ginastas, mas admitiu que não há plano imediato para evitar a saída deles. Só idéias e um milagre.


Nota:


Os salários que dois "reservas de luxo" do elenco de futebol profissional do Flamengo por exemplo recebem por mês e o dobro do "investimento" ao quatro principais da Ginástica... E esses reservas não são aproveitados e adoram criar problemas...

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