11/01/2012 06h00
Patricia tenta estancar a crise no Fla: ‘Quem manda no clube sou eu’
Presidente critica o tiroteio entre Michel Levy e Luxemburgo, e condena a forma como a cobrança por atrasados foi feita por parte dos jogadores
Patricia Amorim critica Levy, Luxa e jogadores
(Foto: Marcelo de Jesus / GLOBOESPORTE.COM)
(Foto: Marcelo de Jesus / GLOBOESPORTE.COM)
A presidente do Flamengo, Patricia Amorim, decidiu, enfim, agir para
estancar a crise entre o departamento de finanças e o futebol. A
resposta respingou em dirigentes, técnico e jogadores. Criticada em
algumas situações pela postura apaziguadora, a dirigente aumentou o tom
de voz para afirmar:
- Quem manda no clube sou eu.
Depois do tiroteio - de um lado jogadores e Vanderlei Luxemburgo, do outro o vice-presidente de finanças Michel Levy - Patricia também apresentou suas munições. A dirigente considerou que Levy falou bobagem ao dizer que entre os jogadores “um ou dois marqueteiros estão fazendo barulho”. Mas também condenou a resposta do treinador:
- Se o treinador quer ser vice de finanças, e o vice de finanças quer ser treinador, a coisa não vai acabar bem – afirmou.
Falando em dívida de R$ 350 milhões, Patricia Amorim disse ainda que no misto de presidente e torcedora gostaria de ter um time mais forte para a estreia na pré-Libertadores, dia 25, contra o Real Potosí, na Bolívia.
Depois do tiroteio - de um lado jogadores e Vanderlei Luxemburgo, do outro o vice-presidente de finanças Michel Levy - Patricia também apresentou suas munições. A dirigente considerou que Levy falou bobagem ao dizer que entre os jogadores “um ou dois marqueteiros estão fazendo barulho”. Mas também condenou a resposta do treinador:
- Se o treinador quer ser vice de finanças, e o vice de finanças quer ser treinador, a coisa não vai acabar bem – afirmou.
Falando em dívida de R$ 350 milhões, Patricia Amorim disse ainda que no misto de presidente e torcedora gostaria de ter um time mais forte para a estreia na pré-Libertadores, dia 25, contra o Real Potosí, na Bolívia.
A dirigente criticou a forma como a cobrança foi feita por parte de
jogadores e técnico, não escondeu que deve luvas e direitos de imagem
para alguns atletas e revelou que foi comunicada por Vanderlei
Luxemburgo sobre o problema de Ronaldinho Gaúcho na reapresentação no
Ninho do Urubu, quando o camisa 10 chegou dois dias pela manhã
aparentando ter virado a noite e alegou insônia para, em vez de treinar,
dormir em uma das salas do Centro de Treinamento.
- Gosto de ser comunicada, mas não adianta transferir. Isso tem que ser resolvido no dia a dia entre eles – afirmou a presidente do Flamengo.
A seguir, os principais trechos da entrevista concedida ao GLOBOESPORTE.COM por telefone.
- Gosto de ser comunicada, mas não adianta transferir. Isso tem que ser resolvido no dia a dia entre eles – afirmou a presidente do Flamengo.
A seguir, os principais trechos da entrevista concedida ao GLOBOESPORTE.COM por telefone.
Crise entre departamento de futebol e vice de finanças
- Acho que ele falou bobagem (sobre a declaração de Michel Levy). Mas
acredito que não foi para atingir alguém. Vamos lá. Primeiro vou falar
do lado ruim. Tenho a sensação de que o Michel e o Vanderlei jogam
pôquer, e eu jogo xadrez. No jogo deles, a reação é mais intempestiva,
tem apostas; no meu, eu penso antes de cada jogada, nas outras duas
seguintes. Acho que se fala muito, tem certos limites que não são
respeitados, existe um atropelo. Se o treinador quer ser vice de
finanças, e o vice de finanças quer ser treinador, a coisa não vai
acabar bem. Tem que saber até onde se pode falar, para que isso não
tenha uma repercussão negativa no time. E o futebol também tem que saber
dos limites onde pode chegar. Mas tem o lado bom, que é o compromisso
de todas as partes para que a coisa aconteça, a ansiedade para a
formação do time, pelas contratações. Uma ansiedade para querer
realizar. Mas quando tem um problema como esse, eu apareço e que fique
claro: quem manda sou eu. Conversei com Vanderlei e com Michel para que
fique claro que um é o técnico, o outro é vice de finanças.
Dívida com os jogadores e crise financeira
- Não tem crise nenhuma. Um exemplo: o Santos ofereceu R$ 4 milhões
para os jogadores se eles fossem campeões mundiais. Nós combinamos com
os jogadores R$ 3 milhões pela vaga na Libertadores. Depois do fim do
Brasileiro, ficou acertado que no dia 9 de dezembro eu pagaria salários,
uma parte da premiação e metade do 13º. Isso foi combinado com os
jogadores. Eles poderiam ter optado pelo pagamento das luvas, que dá um
total de R$ 800 mil. Mas se fosse assim, somente uns quatro jogadores
seriam contemplados. Acho mais correto pagar a parcela da premiação,
pois todo departamento de futebol recebe a sua parte.
Cobranças de atrasados
- Foi a segunda vez que aconteceu esse tipo de cobrança, está ficando
uma situação desconfortável (no ano passado, os jogadores também
reclamaram). Todos têm meu telefone: o capitão (Ronaldinho Gaúcho), o
técnico (Vanderlei), o gerente (Isaías Tinoco) e o diretor (Luiz Augusto
Veloso). Então, por que não me ligaram antes? Eu iria até eles para
conversar. O que não pode acontecer é querer administrar o clube de fora
para dentro. Tenho compromissos, e vou cumprir. Acho covarde certas
cobranças. Sou presente, mas não estou em Londrina, pois tenho outras
coisas para resolver. Além disso, não treino, não faço massagem. Não sou
presidente apenas do futebol.
Dívidas
- Lógico que enfrentamos dificuldades, o dinheiro sai num fluxo muito
mais rápido do que entra. Em maio, vamos acabar de quitar uma dívida de
R$ 12,3 milhões com a BWA, falta apenas R$ 1,6 milhão. Com uma dívida de
R$ 350 milhões, os juros correm numa velocidade monstruosa. Temos como
prioridades: renovar com os jogadores que estão aqui, pagar o que
devemos e só depois fazer as contratações. Não posso atrapalhar o fluxo.
Não escondo que está atrasado, mas só devemos um pouco aos jogadores.
Costumo usar a frase de que o Flamengo vendeu falência, agora vende
solução. Claro que a gente vai errar. Temos o compromisso de não deixar
mais dívidas, senão o clube quebra mesmo.
Reforços
- Contratamos sete jogadores no ano passado, mas nem todos chegaram no
início da temporada, casos de Airton, Junior Cesar. Não estamos fechados
para negociações, mas não posso ir contra o orçamento. Quando trouxemos
o Alex Silva, vendemos os gêmeos e o Wanderley. Além de trazer novos
jogadores, nossa proposta não é só essa. Também existem os jogadores que
saem da folha, o que reduz os gastos, casos do Fierro, do Camacho, que
foi emprestado (o meia treina com o grupo em Londrina), o Fernando...O
Pet também. Tenho também que procurar novos investidores. Isso ajuda a
trazer novos jogadores. Eu, como torcedora, gostaria de ter um time mais
forte para a estreia na Libertadores. Não desistimos de reforçar o
time.
Thiago Neves
- A proposta foi muito boa. Acredito que ele vem, penso nisso todos os dias.
Problema de Ronaldinho Gaúcho na reapresentação
- Recebo e-mails, mensagens de texto do Vanderlei, algumas sobre
problemas. Mas tem coisas que devem ser resolvidas no futebol. Gosto de
ser comunicada, mas não adianta transferir. Isso tem que ser resolvido
no dia a dia entre eles.
espero que a torcida se mobilize para algum protesto contra essa corja que esta fudendo o flamengo. Vamos agir Nação!
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