Com direito à volta olímpica e camisa autografada
Por Álvaro Paiva
"No dia 13 de dezembro de 1981, eu estava no gramado do Estádio Olímpico de Tókio! Depois de uma viagem muito cansativa, lá estava eu, no Takanaua Prince Hotel, em Tóquio, onde toda a delegação rubro-negra estava hospedada.
O time do Flamengo embarcou no mesmo vôo em que eu estava, na
escala feita em Los Angeles, onde tinha ficado por uma semana, para
quebrar o fuso horário pela metade.
Cheguei a Tóquio na sexta-feira, 11 de dezembro, dia do meu
aniversário. No domingo, dia 13, estava no saguão do hotel, já com meu
ingresso para as cadeiras, quando o inesquecível João Saldanha,
perguntou se havia alguém querendo ir para o estádio, pois o ônibus que
levaria os jornalistas tinha lugares sobrando.
Imediatamente, aceitei a oferta, me sentei ao lado do Galvão
Bueno e fomos batendo papo até a chegada ao estádio. O ônibus em que
estávamos entrou por um grande portão, aberto para a passagem dos
jornalistas, e parou em frente a uma grande mesa, em que se encontravam
as credenciais para fotógrafos, e todos aqueles que iriam transmitir a
partida. Continuei perto do Galvão Bueno e segui com ele para os
elevadores, que o levariam para as cabines de transmissão do estádio.
Caminhávamos por um longo corredor, quando olhei para o meu lado
direito e avistei um outro corredor que levava ao gramado. Fui parar
atrás do banco de reservas, e do técnico Paulo Sergio Carpegiani, de
onde assisti ao jogo.
Ao final da partida, dei a volta olímpica com os jogadores, e já
nos vestiários o goleiro Raul me ofertou a camisa amarela que usou no
jogo. Esta camisa, devidamente autografada por ele, continua guardada
comigo com o maior carinho, pois é o maior troféu que poderia ter
conquistado.
Vocês podem imaginar o prazer e a satisfação que eu senti nestes
momentos inesquecíveis? O dia 13 de dezembro de1981 foi um dos dias mais
felizes de minha vida!"
Telão longínquo
Por Maria das Graças Sardo de Carvalho
"Na
noite da decisão no Japão, colocaram um telão nos Arcos da Lapa, no Rio
de Janeiro. Só que, quando cheguei, tinha que ficar tão longe, com a
multidão aglomerada, que achei melhor voltar para casa. E como dividia o
apartamento com uma amiga que não gostava de futebol, meu namorado e eu
ficamos na garagem vendo o jogo com o porteiro. E deu certo. Nunca vou
esquecer aquela noite"
O judas ficou intacto
Por Luiz Rechtman
"No
terceiro e finalíssimo jogo da Libertadores contra o Cobreloa, a turma
do arco-íris no "Caipira" da Rua Uruguai estava animadíssima pra secar o
Flamengo. A maioria, apesar de estar quebrada para apostar contra o
Mengo, se cotizava pra secar e arrumar um troco. O ano todo a rapaziada
vascaína, tricolor e botafoguense só fez pagar nas apostas com os
rubro-negros. No dia do jogo, arrumaram um uniforme de um gari da
Comlurb, alaranjado como o uniforme do Cobreloa, fizeram um judas e
empinaram o boneco numa árvore em frente ao boteco. A expectativa pra ir
à forra e sacanear em grande estilo contagiava os fracos e oprimidos,
surrados e humilhados pelo Flamengo há anos seguidos. Em cima da hora
apareci no "Caipira". A torcida arco-irís em peso, copo na mão, olho na
TV. Apesar do mal estar causado pela minha presença, democraticamente
engoliram em seco e tomaram mais um gole, que desceu mal goela abaixo. O
resto todos conhecem, de Santiago pra Tóquio e mais um título em 1981.
Com a conquista do campeonato mundial, a rapaziada do contra refrescou
durante um tempo. Depois, perderam o medo e a vergonha e voltaram as
encarnações e as apostas. Ia esquecendo de contar a história do judas
com o pseudo uniforme do Cobreloa: a cada gol do Flamengo naquele dia,
eu saía pra dar uma espiada no boneco.Tive mais do que certeza da
alegria transfigurada no rosto do nosso amigo. Pendurado ali naquela
árvore, na expectativa de ser malhado. mas isso não aconteceu. Afinal,
já viu gari da Comlurb torcer contra o Mengão??
A primeira vez será sempre incomparável
Por Gilson Louro Marchesini
"Doce
lembrança daquela madrugada ainda tão viva em minha memória. Tinha me
mudado para a Barra há três anos, meus dois filhos ainda eram pequenos, 5
e 4 anos, e minha paixão pelo Flamengo me pôs diante da televisão,
torcendo e gritando em silêncio para não perturbar a calmaria que ainda
imperava naquela época.
O show de bola, os 3 x 0 sobre o papão da Europa ainda no
primeiro tempo e a consagração daquele time maravilhoso, liderado por
Zico e com coadjuvantes do quilate de Raul, Leandro, Marinho, Mozer,
Junior, Andrade, Adílio, Tita, Nunes e Lico frequentarão para sempre os
meus sonhos mais gloriosos.
Sei que ainda terei o prazer de festejar novamente o título de
campeão mundial, ao lado de meus filhos, já homens feitos, a quem tive a
honra de transmitir minha pele rubro-negra. No entanto, nada será
comparável àquela primeira vez, que mantém o manto sagrado na posição
que lhe pertence até hoje: o topo. Sim, porque as conquistas do Flamengo
têm um significado todo especial, diferenciado das demais, e só os
verdadeiramente Flamenguistas e os neutros é que têm a felicidade de
conseguir enxergar isso.
Saudações intensamente rubro-negras!"
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Sexta feira é dia de ...
O marido entra com muito cuidado na
cama e sussurra suave e apaixonadamente
no ouvido de sua
mulher: "estou sem cueca..."
E a mulher, sem abrir os olhos, responde:
"Amanhã eu compro uma!"
"Amor, eu quero amá-la..."
"Tá em cima do
guarda-roupa..."
"Você não entendeu: eu vou amar-te..."
"Vá a Marte, a
Júpiter, à P.Q.P ... mas me deixe dormir!"
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