A multidão engoliu meu carro. E foi maravilhoso
Por Mauro Nogueira
"Flamengo
Campeão do Mundo: 1981. Dezembro, Aeroporto internacional do Galeão,
19h. Eu tinha um Dodge Dart 1973 bem velho, e junto com alguns amigos
resolvemos continuar a festa e fomos para o aeroporto com muita bandeira
e o carro com dizeres relativos ao Mengão Campeão do Mundo. Ao chegar
no setor de desembarque internacional, a torcida estava toda lá, e não
se podia passar com o carro. Insisti buzinando, e a torcida veio para
cima do carro. Acho que uns 50 torcedores subiram em cima do meu Dodge.
Eu tentava movimentar o carro, mas era impossivel com a galera em cima. O
coitado do carro, apesar de ser um V8, não se mexia, foi engolido pela
multidão. E pude ver no dia seguinte, na 1º página do jornal O Globo, a
foto da galera. Por mais que se tentasse era impossível descrever que
carro era aquele. Mas isso na hora não importava. O que importava era
comemorar. Foi maravilhoso."
Rubronegramente inesquecível
Por João Lima Filho
"Nesta
noite estávamos muito apreensivos, vindos de uma difícil disputa em
três partidas com o Vasco pelo Carioca de 81, e da batalha com o
Cobreloa, também em três jogos. Esperávamos outra guerra, mas o timaço
do Mengão deu uma verdadeira aula de futebol, desfilando seu repertório
de jogadas maravilhosas, passes perfeitos, entrosamento mágico entre
todos os jogadores. Fim do primeiro tempo, três a zero. Jogo resolvido.
Fui comemorar no famoso bar Garota de Ipanema, reduto Rubro-Negro em
várias outras conquistas. Seu dono à época, Rubro-Negro de quatro
costados, franqueou o chopp para todos. Lembro que ele me pediu ajuda e
passei a ser um dos seus funcionários a servir chopp pra moçada e, é
claro, a tomar também, pois ali se eternizava a maior glória que um
clube poderia alcançar em sua História. Lembro até hoje, e vejo na fita
do jogo, o Domingo Bosco, nosso supervisor campeão, berrando ao fundo do
áudio dos gritos do Galvão Bueno na transmissão da Globo, "É campeão do
Mundo, é do Mundo, meu Deus, é campeão do Mundo!". Uma coisa linda, um
momento inebriante, entre lágrimas e abraços... Foi rubronegramente
inesquecível!"
Meu bem, volto já...
Por Andy Colla
"No
início de dezembro de 1981, o pai de um amigo meu saiu de casa pra
comprar pão de manhã, e à noite ainda não havia retornado. A família, em
desespero, procurou por ele em hospitais e polícia. Debalde. No fim do
mês, quando quase não restavam esperanças de encontrá-lo vivo, eis que
ele chega em casa, com uma camisa do Flamengo e uma bandeirinha do
Japão: tinha ido a Tóquio ver a final do Mundial Interclubes sem avisar a
ninguém..."
Estranho no ninho do urubu
Por Cláudio Engelke
"Não
tenho foto, vídeo ou áudio. Não sou flamenguista nem carioca. Sou
gaúcho e gremista. Aí vcs vão perguntar o que é que eu tô fazendo aqui.
Acontece que, há 25 anos, nós estávamos no Rio, hospedados no Hotel
Glória em um Congresso médico e fomos, minha esposa e eu, acordados pela
barulhenta passagem de um 'cordão' rubro-negro, a pé rumo ao aterro do
Flamengo. Isso no meio da madrugada. Fomos à janela observar a
comemoração alegre dos flamenguistas. Essa é minha a singela lembrança"
"Eu Teria um desgosto profundo ...
... se faltasse ..."
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