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quinta-feira, 20 de março de 2008

Como é bom ser Flamengo... por Carlos Drumond de Andrade


O Torcedor
Carlos Drummond de Andrade
Um conto onde o grande Carlos Drummond de Andrade, um dos maiores poetas da literaura brasileira, fala da emoção de ser Flamengo. Um reforço para os poemas e poesias que falam do Flamengo

O torcedorNo jogo de decisão do campeonato, Eváglio torceu pelo Atlético Mineiro, não porque fosse atleticano ou mineiro, mas porque receava o carnaval nas ruas se o Flamengo vencesse.
Visitava um amigo em bairro distante, nenhum dos dois tem carro, e ele previa que a volta seria problema.O Flamengo triunfou, e Eváglio deixou de ser atleticano para detestar todos os clubes de futebol, que perturbam a vida urbana com suas vitórias. Saindo em busca de táxi inexistente, acabou se metendo num ônibus em que não cabia mais ninguém, e havia duas bandeiras rubro-negras para cada passageiro. E não eram bandeiras pequenas nem torcedores exaustos: estes pareciam terem guardado a capacidade de grito para depois da vitória.Eváglio sentiu-se dentro do Maracanã, até mesmo dentro da bola chutada por 44 pés. A bola era ele, embora ninguém reparasse naquela esfera humana que ansiava por tornar a ser gente a caminho de casa.
Lembrando-se de que torcera pelo vencido, teve medo, para não dizer terror. Se lessem em seu íntimo o segredo, estava perdido. Mas todos cantavam, sambavam com alegria tão pura que ele próprio começou a sentir um pouco de flamengo dentro de si. Era o canto? Eram braços e pernas falando além daboca? A emanação de entusiasmo o contagiava e transformava. Marcou com a cabeça o acompanhamento da música. Abriu os lábios, simulando cantar. Cantou. Ao dar fé de si, disputava à morena frenética a posse de uma bandeira. Queria enrolar-se no pano para exteriorizar o ser partidário que pulava em suas entranhas. A moça, em vez de ceder o troféu, abraçou-se com Eváglio e beijou-o na boca. Estava batizado, crismado e ungido: uma vez Flamengo, sempre Flamengo.
O pessoal desceu na Gávea, empurrando Eváglio para descer também e continuar a festa, mas Eváglio mora em Ipanema, e já com o pé no estribo se lembrou. Loucura continuar flamengo a noite inteira à base de chope, caipirinha, batucada e o mais. Segurou firme na porta, gritou: "Eu volto, gente! Vou só trocar de roupa" e, não se sabe como, chegou intacto ao lar, já sem compromisso clubista.
ANDRADE, Carlos Drummond. De conto em conto, v. 2. São Paulo: Ática, 2001.

4 comentários:

  1. Uma homenagem ao flamengo
    Letra e música do poeta
    Raimundo Nonato da silva

    É o flamengo
    Este time campeão
    Que em toda decisão
    Ele é sempre o melhor
    O rubro negro
    Com nada se intimida
    Tem respaldo da torcida
    Porque ela é a maior

    Nosso flamengo
    Base deferente usa
    Marca dribla e não recusa
    Quem vier é grande a pisa
    É tudo ou nada
    Nunca gostou de empate
    Enfrenta qualquer combate
    Poe ter amor à camisa

    É o flamengo
    Veloz a todo segundo
    O melhor time do mundo
    Milhares de títulos têm
    Cada guerreiro
    Do time é um jogador
    Quando joga com amor
    Nunca perde pra ninguém

    É o flamengo
    Campeão estadual
    Brasileiro e mundial
    Porque tem talento e raça
    O time é forte
    Dentro do time trabalha
    Ganha troféu e medalha
    Todo ano é uma taça

    O publico aplaude
    O torcedor não reclama
    O Brasil inteiro ama
    O flamengo que eu sei
    Dos outros times
    É pai professor e dono
    Cada time é um aluno
    O flamengo é time rei






    Nosso flamengo
    No MERCOSUL se dispara
    E na taça Guanabara
    E títulos libertadores
    Sua galera
    Já mais pode viver triste
    O time melhor que existe
    Tem que honrar seus valores

    Tem outro time
    Que joga com meninice
    Por isso é que ele é vice
    E o flamengo é campeão
    A CBF
    Podia agora botar
    O flamengo pra jogar
    No lugar da seleção

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  2. Mulher flamengo
    Letra e música do poeta
    Raimundo Nonato da Silva

    Seu rebolado me dribla
    Seus olhos fazem um gol laço
    Miram o canto e chutam certos
    Ta na rede olhem o abraço
    Onde esta mulher passa
    Ela é muito querida
    Chamo de mulher flamengo
    Por ter tão grande torcida

    Hipnotiza goleiro
    Quando ela está no ataque
    Do futebol do amor
    A mulher é uma craque
    Zagueiro nem um lhe marca
    Nem entra em impedimento
    Ela é a mulher flamengo
    A torcida é cem por cento

    Rouba beijo e não faz falta
    Nem se quer dá um carrinho
    No amor joga tão limpo
    Que só sabe dar carinho
    Não tem cartão amarelo
    E vermelho também não
    O juiz do campo da vida
    Nunca lhe fez expulsão

    Famosa como o flamengo
    O seu jeito me inspira
    Até as adversárias
    Tem raiva, mas, lhe admira.
    É esta a mulher flamengo
    No amor bate um bolão
    Seu apito é um pcil
    Seu campo é meu coração

    Quando ela está em campo
    A torcida grita olé
    Ela dribla só com corpo
    Sem fazer ginga com pé
    É ela a mulher flamengo
    Vocês já sabem quem é
    É a rainha da bola
    Mas, seu rei não é Pelé.

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  3. Mulher flamengo
    Letra e música do poeta
    Raimundo Nonato da Silva

    Seu rebolado me dribla
    Seus olhos fazem um gol laço
    Miram o canto e chutam certos
    Ta na rede olhem o abraço
    Onde esta mulher passa
    Ela é muito querida
    Chamo de mulher flamengo
    Por ter tão grande torcida

    Hipnotiza goleiro
    Quando ela está no ataque
    Do futebol do amor
    A mulher é uma craque
    Zagueiro nem um lhe marca
    Nem entra em impedimento
    Ela é a mulher flamengo
    A torcida é cem por cento

    Rouba beijo e não faz falta
    Nem se quer dá um carrinho
    No amor joga tão limpo
    Que só sabe dar carinho
    Não tem cartão amarelo
    E vermelho também não
    O juiz do campo da vida
    Nunca lhe fez expulsão

    Famosa como o flamengo
    O seu jeito me inspira
    Até as adversárias
    Tem raiva, mas, lhe admira.
    É esta a mulher flamengo
    No amor bate um bolão
    Seu apito é um pcil
    Seu campo é meu coração

    Quando ela está em campo
    A torcida grita olé
    Ela dribla só com corpo
    Sem fazer ginga com pé
    É ela a mulher flamengo
    Vocês já sabem quem é
    É a rainha da bola
    Mas, seu rei não é Pelé.

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  4. Mulher flamengo
    Letra e música do poeta
    Raimundo Nonato da Silva

    Seu rebolado me dribla
    Seus olhos fazem um gol laço
    Miram o canto e chutam certos
    Ta na rede olhem o abraço
    Onde esta mulher passa
    Ela é muito querida
    Chamo de mulher flamengo
    Por ter tão grande torcida

    Hipnotiza goleiro
    Quando ela está no ataque
    Do futebol do amor
    A mulher é uma craque
    Zagueiro nem um lhe marca
    Nem entra em impedimento
    Ela é a mulher flamengo
    A torcida é cem por cento

    Rouba beijo e não faz falta
    Nem se quer dá um carrinho
    No amor joga tão limpo
    Que só sabe dar carinho
    Não tem cartão amarelo
    E vermelho também não
    O juiz do campo da vida
    Nunca lhe fez expulsão

    Famosa como o flamengo
    O seu jeito me inspira
    Até as adversárias
    Tem raiva, mas, lhe admira.
    É esta a mulher flamengo
    No amor bate um bolão
    Seu apito é um pcil
    Seu campo é meu coração

    Quando ela está em campo
    A torcida grita olé
    Ela dribla só com corpo
    Sem fazer ginga com pé
    É ela a mulher flamengo
    Vocês já sabem quem é
    É a rainha da bola
    Mas, seu rei não é Pelé.

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